domingo, 23 de fevereiro de 2014

DOZE CONSELHOS DE GABRIEL GARCIA MARQUEZ

Dicas de escrita de um dos maiores escritores de todos os tempos.

Gabo na Cidade do México, em 1992

Vencedor do Prêmio Nobel de Literatura em 1982, Gabriel García Márquez é uma lenda viva da literatura. Entre seus maiores feitos está o livro Cem anos de solidão, com sua apaixonante família Buendía e a cidade de Macondo (veja ilustrações); além de Crônica de uma morte anunciada, cuja declaração de que o personagem irá morrer está na primeira frase; entre outras obras que são grandes clássicos da literatura de língua espanhola e mundial.

Mas além de escritor genial, o colombiano também dedicou seu tempo ao “pensar literário”, à reflexão de sua própria escrita – embora sempre de forma despojada e agressiva, sem perder sua latinidade.

Aí vão 12 conselhos de Gabriel García Márquez:

1 – Uma coisa é uma história longa, e outra, uma história alongada.

2 – Um escritor pode escrever o que lhe agrada, sempre que acreditar naquilo.

3 – Não acredito no mito romântico de que o escritor deve passar fome, deve estar fodido, para produzir.

4 – É mais fácil capturar um coelho que um leitor.

5 – O fim de uma história deve ser escrito quando se está na metade.

6 – Você tem que começar com a vontade de que aquilo que vai escrever será a melhor coisa que já escreveu, pois sempre fica algo desta vontade.

7 – Quando o escritor se entedia escrevendo, o leitor se entediará lendo.

8 – Não devemos obrigar o leitor a ler uma frase de novo.

9 – O leitor lembra mais como termina um artigo do que como começa.

10 – Se escreve melhor havendo comido bem e com uma máquina elétrica.

11 – O dever revolucionário de um escritor é escrever bem.

12 – Durante muito tempo me aterrorizou a página em branco. A via e vomitava. Mas um dia li o melhor que se escreveu sobre essa síndrome. Seu autor foi Hemingway. Disse que se há de começar, e escrever, e escrever, até que de repente se sente que as coisas saem sozinhas, como se alguém as ditasse ao ouvido, ou como se quem as escreve fosse outro. Tem razão: é um momento sublime.
FONTE: HOMOLITERATUS: COMO ESCREVER FICÇÃO

Nenhum comentário:

Postar um comentário