Cronicurtas
Publicado em 24/08/2015
Andreia Donadon Leal
Cronicurta I
Hoje não há céu à vista… A cortina não se abriu. Hoje só neblina.
Cronicurta II
A névoa seca que cobre esta manhã não me quer ao sol, não me quer na luz… A névoa tapume imagina-se deusa das sombras.
Cronicurta III
A mensagem do sol ao iluminar a manhã é clara, é amor, é luz, … Amor é sol, coração é terra que se deixa iluminar. O que se vê do amor é apenas parte do que ele é. – Árvore? – Não! – Raiz.
Cronicurta IV
A manhã raiada sorriu com dentes de sol e invadiu a casa. –A minha procura? Tranquei a porta do quarto, para que ela não roubasse meu sono matinal.
Cronicurta V
A impotência do sol, a imponência da bruma e a manhã se pinta de cinza.
Cronicurta VI
Nem mais nem menos, a vida vai se descortinando aos poucos.
Cronicurta VII
A chuva desta manhã me acompanha na estrada… Assustadoramente bela, a escuridão das nuvens que se desabam em águas. E o alvorecer? – Fica pra depois!
Cronicurta VIII
– Céu, ó céu! – Que é voar senão ser pássaro planando nas nuvens dos sonhos!
Andreia Donadon Leal, 42, é artista plástica em Mariana (MG)
LINK:Revista Cult Cronicurtas - Oficina Literária
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