terça-feira, 30 de agosto de 2016

A FICÇÃO FOTOGRÁFICA DE ADALONE COUTINHO

SÉRIE: O FOCO DE...

“A fotografia é uma forma de ficção. É ao mesmo tempo um registo da realidade e um auto-retrato, porque só o fotógrafo vê aquilo daquela maneira.”
                                                      Gérard Castello Lopes

Nossa série com aqueles que amam a arte de fotografar vem no seu segundo episódio trazer o trabalho de Adalone Coutinho.
Ele compartilha conosco seu ingresso no mundo da fotografia e como gosta da sua arte. Viaje pela vida e pela dedicação ao mundo imaginativo/criativo da fotografia com mais um mutuense que faz poesia com luz.

O ITINERÁRIO

Nasci em 14/09/85 em Mutum-MG , estudei nas escolas públicas durante  todo o primário. No ano de 2000 dei inicio ao segundo grau na Escola Dionysio Costa, onde me formei em 2002. Logo após isso trabalhei em alguns comércios da cidade, mas sempre tive vontade de sair em busca de crescimento profissional, e aos 23 anos tive a oportunidade de trabalhar em Resende – RJ, onde não pensei duas vezes e fui.  Chegando lá, comecei trabalhando como caixa de uma loja de conveniência, em um Posto de Combustíveis, e logo após 6 meses aproximadamente, assumi a gerência das duas empresas. Durante este tempo trabalhando, estudei, e me formei em Administração de Empresas, fiz muitos amigos por lá, Resende é uma cidade maravilhosa de se viver e conviver. E agora recentemente retornei a minha cidade, Mutum.

A FOTOGRAFIA




Sempre gostei de fotografia, lembro que quando trabalhava na Invejada Eletro, montava pastas com fotos de produtos para os vendedores externos, eu gostava de fotografar, editar, imprimir e montar os portfólios. Sempre quis estudar, fazer um curso, porém não tinha isso por aqui na época. E foi em Resende que pude estudar fotografia a sério. Logo depois que terminei a faculdade, entrei no curso, comprei equipamentos profissionais, fiz alguns trabalhos lá durante meses. E agora estou de volta a minha cidade, Mutum, atendendo a toda população com serviço de qualidade.
Gosto de fotografar pessoas, festas de aniversário, ensaios externos de um modo geral, sou a favor da luz natural sempre, e momentos de descontração.

BASTAM DUAS ÁRVORES



       Olha, há pouco tempo fiz um concurso de casal para promover minha página e tive a oportunidade de fotografar o casal vencedor lá no parque nacional do Itatiaia, na cachoeira Véu da noiva, lugar lindo, muito verde e águas cristalinas e esta foto ai foi a que mais gostei, a que mais me chamou atenção.
FOTO DO CASAL VENCEDOR DO CONCURSO
 PROMOVIDO PELA AJ FOTOGRAFIA NA
CACHOEIRA VÉU DA NOIVA

Pra mim não importa o lugar, ás vezes duas árvores e algumas folhas são suficientes para  obter fotos incríveis.
Então, compartilho meu trabalho em uma página que criei no facebook com nome de AJ Fotografia no endereço https://www.facebook.com/adalonecoutinho/ E a pouco tempo fiz um concurso valendo um ensaio externo de casal, e os vencedores foram o casal Thiago e Mayara com quase 900 curtidas na foto deles. Fomos para o parque nacional do Itatiaia e fizemos ótimas fotos.
Nos próximos dias vou lançar outro concurso aqui em Mutum, valendo também um ensaio externo, então galera fiquem ligados que em breve estará valendo.

COMPARTILHANDO

Não importa o lugar, quem faz a foto é você, seja criativo, inove, trabalhe com dedicação, pois acredite, quando se faz algo que se gosta o resultado sempre será positivo.
Acredito que o que fotografamos hoje, será lembrado por alguém no futuro, por isso é importante sempre lembrar que quando você tira uma foto de alguém, você não esta tirando aquela foto para você, mas sim para aquela pessoa.
Para os leitores gostaria de pedir que acompanhassem o blog, pois tem muita coisa interessante, matérias de ótimo conteúdo, sempre tem um artigo novo. Participem, e divulguem, vamos fazer este grupo crescer.

OUTRAS FOTOS DE ADALONE COUTINHO







segunda-feira, 29 de agosto de 2016

SEMINÁRIO SOBRE HISTÓRIA E CULTURA



Conceição de Ipanema promoverá no próximo dia 01 de setembro um Seminário de História e Cultura Regionais.
Se a abordagem do seminário envolve regionalidades, logo diz respeito a Mutum-MG. Nesse contexto vale a pena participar por motivos diversos como conhecer a história da nossa região e como essa história está entranhada em nossa cultura.
Segundo o organizador do Seminário José Aristides Silva Gamito, O seminário surgiu com o objetivo de socializar a pesquisa sobre a história do município de Conceição de Ipanema que está realizada por um grupo de professores e outros colaboradores. Com este evento, os principais temas já desenvolvidos na pesquisa serão compartilhados e com isso se espera despertar a atenção da população para resgatar a história local.



VEJA A PROGRAMAÇÃO:
PROGRAMA 8h00min – Abertura do Seminário – Myslaine Faria (Conselho Municipal de Patrimônio).
08h10min - Aspectos Políticos e Sociais da História Regional – Prof. Walter Mendes Monteiro (Professor de Matemática e Ambientalista).
08h50min – Aspectos Culturais e Econômicos da História Regional – Prof. Leandro Marcos Martins (Professor de História e Cineasta).
09h30min – Intervalo. 9h40min – Caminhos e Tropeiros – Cimar Pinheiro (Historiador, fotógrafo e pesquisador sobre caminhos).
10h20min – Etnicidade e Religiosidade dos povos indígenas do leste de Minas e o processo colonizador – Prof. José Aristides da Silva Gamito (Filósofo e pesquisador de Ciências das Religiões).
11h00min – Curso sobre Educação Patrimonial – Agência Preservarte.
12h00min – Almoço.
13h00min - Curso sobre Educação Patrimonial – Agência Preservarte.
15h00min – Café da tarde (10 min).

16h00min – Encerramento do Seminário – Conselho Municipal de Patrimônio.

sábado, 27 de agosto de 2016

VIRTUALIDADES DE UM LANÇAMENTO LITERÁRIO

Atraído pela vontade de entender as ondas pelas quais a literatura surfa em tempos de virtualidades, nosso blog acompanhou o evento do “Lançamento Virtual do Livro Quatro Contos de Amor”. Fizemos perguntas que foram publicadas no nosso grupo no facebook juntamente com as respostas.

ADRIANA IGREJAS

FOTO DO PERFIL DO FACEBOOK

Adriana Igrejas é do Rio de Janeiro-RJ, Professora de Português/ Literatura e Inglês, formada pela UFRJ. É autora de dois romances e de um livro de contos, além de participar de cinco antologias nacionais e duas portuguesas. Está recentemente lançando novos livros de contos em e-book pela Amazon. Recebeu o Prêmio Baixada 2014 na categoria Literatura. Faz parte da Academia de Letras de seu município. É casada e tem dois filhos.

MUTUM CULTURAL: Olá Adriana, como nasceu a ideia do livro?

ADRIANA IGREJAS: Obrigada por participar. Esses contos eu escrevi em ocasiões diferentes, por tema, para participar de concursos para publicar em antologias. Todos eles já foram publicados, só que cada um num livro diferente, dois no Brasil e dois em Portugal. Me ocorreu que meus leitores, aqueles que querem ler exclusivamente textos meus não iam comprar quatro livros diferentes para ler meus textos espalhados por aí... Então, resolvi juntar esses quatro que falam de amor em um e-book...

MUTUM CULTURAL: Qual o diferencial dessa obra para as demais que você já publicou como “A BABÁ GÓTICA”, “CAIPIRA, EU?” e “A FÓRMULA DA VIDA”?

ADRIANA IGREJAS: Bem, este livro é de contos, então se assemelha a "Um apartamento com vista para o mar e outras histórias", que também é de contos. "Caipira, eu", ainda a ser lançado é bem diferente, porque são contos meio soltos, sem a tal unidade, justamente por serem relatos verídicos de meu pai. Será uma obra de valor sentimental. Já "A babá gótica" e "A fórmula da vida" são do mesmo gênero, que é o romance - narrativa longa. Estes desenvolvem melhor os personagens, a trama é mais complicada e cheia de reviravoltas.

MUTUM CULTURAL: Como é o seu processo de criação?

ADRIANA IGREJAS: Logo que tenho a ideia, eu anoto a storyline (em uma linha ou pouco mais sobre o que é). Aí eu passo a elaborar toda a história na cabeça. Levo dias pensando e organizando tudo em minha mente. Depois anoto as linhas gerais, um story board. Depois faço a pesquisa de lugares, nomes, cultura do lugar etc. Depois, se é um conto, já escrevo. Se é um romance, faço um esquema com os nomes dos capítulos e o que vai acontecer em cada um. Só aí começo a escrever. Mas é lógico que muita coisa muda na hora da escrita efetivamente...

MUTUM CULTURAL: Esse é o seu primeiro lançamento virtual? Quais as principais diferenças entre esse tipo de lançamento e um lançamento físico? 

ADRIANA IGREJAS: Bem, sim, é o primeiro lançamento virtual, porque este é o primeiro livro que lanço apenas em e-book, ou seja, de certa forma é também um livro virtual. Meus outros livros, mesmo as antologias de que participei, foram livros físicos e tiveram lançamentos em livrarias ou casas de cultura. Eu já havia participado de outros eventos virtuais, como o FLAL, que envolve vários autores, que também respondem a tudo pelo facebook. A gente sabe que a participação é pouca, mas muita gente curte, dá uma olhada, enfim, fica sabendo sobre o livro e a divulgação é o principal objetivo.

MUTUM CULTURAL: Voltando a sua obra. O que você ressalta como característica principal em seus personagens?

ADRIANA IGREJAS: Acho que é a verossimilhança. Eles parecem pessoas reais e não é por acaso. Eu me esforço muito para que meus personagens ajam e falem como pessoas normais e brasileiras! Inspiro-me em pessoas que conheço ou conheci e esse toque de realidade tem agradado bastante, porque ninguém gosta de personagens artificiais.


MUTUM CULTURAL: Deixe uma mensagem para os leitores do Blog Mutum Cultural e membros do grupo no Facebook.

ADRIANA IGREJAS: Olá, leitores de Mutum! É um prazer estar compartilhando um pouco de meu trabalho com vocês! Espero ter satisfeito um pouco sua curiosidade. Adoro ter esse tipo de contato com leitores e trocar experiências. Torço para que fiquem ainda mais curiosos e passem a serem meus leitores. Estou sempre acessível através das redes sociais para quem quiser me contatar. Um grande abraço e beijinhos literários e culturais para vocês!

BLOG DA AUTORA

terça-feira, 23 de agosto de 2016

VILA NORBERTO

Esse texto foi postado no perfil de Antônio Soares de Moura, há um mês por ocasião do falecimento do seu tio, o saudoso Gonzaga.
ANTONIO SOARES DE MOURA

VILA NORBERTO


Lá nos confins da minha terra que não fica aqui tão perto, tem uma vila pequena e simples que se chama Vila Norberto.
Desta vila saiu seis moços, coisa igual nunca se viu. Todos falam com respeito.
Olha! São os filhos do Ziziu.
Tio Mazinho, se era bom peão? Menino você sabe que nunca menti. Peão igual a ele nesta terra nunca vi, eu já sei desta história desde a época que nasci.
Ah! Tio Zequinha, veja só o que já foi:
Foi carreiro, vaqueiro, tropeiro, tangerino, escrivão e rezador. Uma coisa eu posso dizer: Quando falta padre na cidade lá vai ele pra socorrer.
Escuta Tio Geraldo, lembro-me de quando seus versos faziam e, todos nós, aqui sorriamos. Hoje o senhor está no céu onde nos encontraremos qualquer dia.
Tio Elzim, este é bravo e, é esperto igual burro estrela, mas uma coisa tem certeza, ele é sul-americano. Por quê? Por que gosta do Brasil e da Argentina do Baiano.
Agora de quem falo é do meu pai o Inhô, “O homem do humor”, trate o com respeito, pois foi ele que me criou.

GONZAGA
O caçula é o tio Gonzaga. Já viu falar? Coitado nunca pode se casar por que ele tinha a vó Quita e o tio Geraldo pra cuidar.
Eu era pequeno, mas ainda me lembro dos biscoitos que trazia só pra ver os filhos do Inhô e a festa que faziam.
Na década de 70 começou vir tristeza. Perdemos a vó Quita e perdemos minha mãe Cornélia. Não se lembra dela? Era filha da vó Amélia.
Aos poucos foi se acabando e os parentes se afastando, hoje resta na vila os vizinhos e os meus sobrinhos os filhos da Maria, mas meu coração distante e só, ainda grita: “Que saudade da vila, da vila da Vó- Miquita” 


São Miguel do Guaporé, 15 de março de 1993.

segunda-feira, 22 de agosto de 2016

MUSEU DO TROPEIRO


NOTA DO BLOG: A partir de postagens realizadas por Estêvão Marchesini em seu perfil no facebook, o blog Mutum Cultural procurou saber mais do próprio autor das postagens sobre esse projeto intitulado MUSEU DO TROPEIRO INSTITUTO TREME TERRA ADAIR JOSÉ FONSECA.


Compartilhamos com os leitores do nosso blog uma síntese inicial do projeto.

OBJETIVOS DE UM PROJETO


Resgatar uma tradição cultural que pessoas tiveram em décadas passadas para o desenvolvimento regional.
De concreto temos materiais que mostra como eram transportados os produtos produzidos no município e aqueles trazidos para o município em lombos de muares e carros de bois em viagens duradouras envolvendo diversas famílias tradicionais do município.
O Projeto será desenvolvido no município de Mutum.
Seria criado um Instituto para ter apoio tanto do Governo Federal, Estadual e Municipal.

IMPORTÂNCIA HISTÓRIA DO MUSEU


Importante para gerações tanto do presente quanto do futuro, não deixando que a história se perca ou deixe de existir devido o imenso desafio tecnológico do mundo atual. Que as pessoas possam saber "COMO" no passado eram transportados gêneros alimentícios, vestuários e até mesmo o transporte de pessoas dos distritos até a sede.
Este museu terá grande parte de matérias e equipamentos usados por tropeiros em montarias, carros de bois, tipo de roupas usadas por eles como capas. Forma de cozinhar, caixas para transportes de gêneros alimentícios, bolsas de couro de boi, formas de amarrar cargas nos burros, tipo de comidas utilizadas. Até mesmo o resgate de canções cantadas por eles nas paradas para descanso depois de horas e horas de montaria. Também terá resgates de fotos de famílias tradicionais para mostrar para o público.


ANEXO



Será desenvolvido anexo ao museu, um boteco com iguarias tradicionais na alimentação dos tropeiros. Outro desafio será o local onde o tropeiros de agora possam ranchar ao lado ou ao fundo deste Museu por época de festas do município e CRIAR A FESTA TRADICIONAL DOS TROPEIROS EM DATAS DIFERENTES DA EXPOSIÇÃO. Isto para ter mais uma atração festiva, trazendo assim outra fonte de renda para a população local e divertimento cultural para nossa população regional.

crédito: Todas as fotos foram compartilhadas do perfil no facebook de:ESTÊVÃO MARCHESINI.

terça-feira, 9 de agosto de 2016

PENTALOGIA POÉTICA: CLÁUDIO ANTONIO MENDES

No Pentalogia Poética de hoje estamos compartilhando poemas de um livro, quem ainda não esteja publicado fisicamente, está nos site de auto publicação. Hora é divulgado, ora é retirado.
Trata-se de UNI VERSO, de autoria de Cláudio Antonio Mendes, que em alguns momentos, apresenta-se com o pseudônimo KLAUS MENDES.


CAPA NO SITE CLUBE DE AUTORES

Segue cinco de seus poemas:
EMERGÊNCIA

corro
ao teu encontro
como ambulância
pro pronto socorro

estou enfermo
sem amor
sem termo
e temo a solidão eterna

dê-me
um balão de oxigênio
um beijo oxidante
quero prazer até enferrujar

EMERGÊNCIA!
o nosso amor não pode ficar
comprimido
em cumprimentos

***
BEIJOS

o xerife beijou o chifre do juiz
e fez o pacto

o juiz beijou o nariz do xerife
e se fez pacato

enquanto eu beijava teus lábios
e te amava de fato

***
ESPELHO MEU

perguntei ao espelho meu
se existe algum outro poeta
que escreve uma poesia
nem clássica, nem concreta

ele me disse que não
somente eu mesmo
em dias quente de verão
anda a esmo
no meio da multidão
tendo como companhia
a ironia e a solidão
e a barriga vazia
que reclama pelo pão
nosso de cada dia
nesse dia de cão

***
NOTA DE ABURGUESAMENTO

sempre me uniformizaram
de capacete e macacão
só agora me vestiram
um terno (de madeira)

sempre fui um inquilino
andando de cortiço em cortiço
conheço todos da cidade
todos tem o mesmo cheiro
e  o mesmo apetite sexual

agora jogarão na minha cara
um pouco de terra
mas ali não terei ameaças
de ser despedido
de ser despejado

sempre me empurraram
lotação adentro, lotação afora
agora me levam carregando
estão chorando
e eu sorrindo

sempre fui um inútil
para todos, menos para mim
e para a minha nega
nas noites de cio
e agora andam dizendo
que farei falta
e o padre que sequer sabia
que eu era fiel
rezará por mim no sétimo dia

agora que como
tuberosas pelas raízes antes da colheita
é que se lembra de acrescentar
uma cruz ao meu nome

agora não me pesam mais
agora não me medem mais
e nem me pedem exame de fezes
agora o que é perda
aos olhos dos que ficaram
é o que me enriquece
                               
a morte é emancipatória!

***

PÂNTANOS & PONTES

Uni versos meus
e preconcebi um poema
que anda, e canta, e ama, e manda
que vai a feira
que vai a festa
que vai a merda
que vai a fundo
num pulo de paraquedas
entre parabólicas e paranoicos
para dizer que um pingo
para o poeta
pode ser um pântano
pode ser uma ponte
tudo é uma questão
de ponto de vista

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UNI VERSOS (NO RECANTO DAS LETRAS)