sábado, 25 de julho de 2015

AMY WINEHOUSE E A ETÍLICA JUVENTUDE MUTUENSE


Todo mundo sabe resumidamente da história de Amy Winehouse, aquela cantora de soul, jazz e R&B (Rhythm & Blues) com uma voz linda e algumas músicas de sucesso como Back In Black e Rehab, só para citar duas do ano de 2006.
No entanto, todos nós acompanhamos mais seu fenecer que seu florescer. Era uma artista que a cada ano descia de patamar em termos de saúde ao passo que, inversamente, subia na degradação tanto física como moral.
Era uma tragédia anunciada que se consumou em 23 de julho de 2011, entrando para o famoso e terrível clube dos 27, cantores que morreram aos 27 anos como Jimi Hendrix, Janis Joplin, Jim Morrison e Kurt Cobain, mais recentemente.
Mas a pergunta que podemos fazer é a seguinte: o que tem haver Amy Winehouse com Mutum, e em especial, com a cultura juvenil mutuense?
Algo haver. Poucos devem curtir Amy Winehouse em Mutum. Suas canções chegaram por aqui mediante seu definhamento. Mas a juventude mutuense, e isso me preocupa, anda meio Amy Winehouse. Lembro muito de um quadro do programa Pânico em que o personagem aparecia em qualquer situação com um copo na mão e ébrio.
Vejo muito nossa juventude com copo, latinha na mão, publicamente e em algumas frestas da cidade, algo a mais que latinha ou copo. Um canudinho, algo bem básico, ou um cachimbo “da paz”.
Então, na semana que lembramos a morte dessa mulher que poderia ser um ícone da cultura que se transformou em ícone da degradação humana. Coincidentemente, ontem li uma um artigo revelando um estudo que aponta que o consumo de álcool no mulheres.
Aí aquela famosa frase: Antes elas queriam cozinhar como a mãe, hoje elas querem beber como o pai.
Sem entrar nas questões de gênero, e minha bandeira é pela igualdade, não é pelo consumo de álcool que as mulheres deveriam se igualar aos homens.
Outro fato estarrecedor é que sete países da região não restringiram a venda de álcool aos menores de 18 anos e que quase 70% das nações não tem a propaganda de bebidas alcoólicas regulamentada.
Gostaria de ver uma juventude se pautando por sonhos e por busca desses sonhos se organizando em grêmios estudantis, coletivo de estudos, reflexão e ações e se manifestando através da arte. Quando vejo um jovem ou uma jovem levando um copo de bebida alcoólica até à boca, não sei quem está consumindo quem. Se é o jovem que está consumindo o álcool, ou se é o álcool que está consumindo o jovem.
Além de saber que o álcool é uma espécie de rufião das outras drogas, é a droga que prepara o terreno, tem duas perguntas a serem respondidas: Primeiro, a quem interessa o uso de álcool na sociedade, sobretudo, dos jovens? Como anda o fortalecimento de entidades como o Conselho Tutelar?
Enquanto a gente não reflete essas indagações, desce mais uma dose aí e daqui a pouco vamos ouvir um número considerável de jovens cantar:

They tried to make me go to rehab
But I said "no, no, no"
Yes, I've been black, but when I come back
You'll know-know-know
I ain't got the time
And if my daddy thinks I'm fine
He's tried to make me go to rehab
But I won't go, go, go.

Ou seja:

Tentaram me mandar pra reabilitação
Eu disse "não, não, não"
É, eu estive meio caída, mas quando eu voltar
Vocês vão saber, saber, saber
Eu não tenho tempo
E mesmo meu pai pensando que eu estou bem
Ele tentou me mandar pra reabilitação
Mas eu não vou, vou, vou


Que em Mutum possa surgir várias Amy Winehouse na música ou em outras atividades culturais, e se possível nenhuma Amy Winehouse que faça parte do clube dos 27, ou menos ainda.

Link para o estudo sobre aumento do consumo de álcool na América:


Vale a pena também conferir: 12 HISTÓRIAS QUE NÃO CONTARAM 


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