NOTA DO BLOG: A transcrição do post se justifica por três motivos:
1) Gastronomia é arte, arte é cultura. Qualquer elemento da gastronomia quando feito em circunstâncias especiais, é digno de registro em cultura.
2) Vai rolar uma festa. Quando o povo se junta em algo que virou tradição, isso é cultura.
3) É em um município da nossa região, do leste de Minas Gerais, e esse blog busca ter esse alcance.
Então vamos transcrever o post de:PASCOAL ON LINE.
quinta-feira, 30 de julho de 2015
Cidade de Ipanema produz o maior queijo minas do mundo
imageIpanema (MG) - A cidade de Ipanema produz o maior queijo minas do mundo. O município já detém o recorde, com um queijo de 1.770 quilos produzido em 2014. Este ano, foram utilizados 17.500 litros de leite na produção do queijo, que deve atingir a marca de 1.850 quilos.
O produto será pesado e degustado na cidade no próximo sábado (1º). O recorde é quebrado a cada ano desde 2010.
Nesta 6ª edição da Festa do Queijo em Ipanema, também será produzido um doce de leite gigante com mais de 520 quilos. Em 2014, a iguaria, com 507 quilos, foi distribuída em pedaços juntamente com o queijo, durante a festa.
A Festa do Queijo é realizada pela prefeitura de Ipanema e conta com o apoio da Cooperativa Agropecuária de Ipanema (Capil) para a produção do queijo, que vai desfilar pela cidade em carro aberto, antes de ser cortado e distribuído gratuitamente para a população na Praça Coronel Calhau. Para a produção do queijo de 1,85 toneladas serão gastos, além dos 17.500 litros de leite, outros ingredientes, como cloreto de cálcio, coalho, fermento lácteo e 150 quilos de sal. Segundo o tecnólogo em laticínios da Capil, Ricardo Santana Paes, a fabricação do queijo vai passar por todos os procedimentos tecnológicos e de higiene adequados. “A produção será em uma queijomate automatizada, de onde seguirá para o processo de enformagem, que devido ao tamanho e dificuldade de movimentação do queijo, é enformado dentro da câmara fria onde permanece entre as temperaturas de cinco à dez graus até o dia do desfile”, explica. No sábado, às 15 horas, o queijo e o doce de leite serão auditados por um fiscal, que vai aferir peso e medidas, e verificar se o produto é próprio para o consumo. A apresentação dos dois produtos está marcada para as 16 horas.
ECONOMIA
A economia de Ipanema é voltada para a pecuária leiteira e, nos últimos anos, com o desafio de criar, anualmente, um queijo gigante, que bata o recorde de o maior do mundo, a cidade vem conquistando espaço ainda maior no mercado.
Segundo dados da Capil, principal cooperativa do município, em 2010, quando foi feito o primeiro queijo com peso de 800 quilos, o faturamento da Capil era de R$ 28 milhões anuais. Este ano é possível que supere os R$ 70 milhões. Existem cerca de 1,5 mil produtores de leite na cidade, que ganham da cooperativa de R$ 0,90 a R$1 por litro de leite captado. Somente a Capil recebe, por dia, 100 mil litros de leite.
Com informações do Jornal Diário das Gerais
quinta-feira, 30 de julho de 2015
terça-feira, 28 de julho de 2015
CINEMA NACIONAL: BOM PARA ASSISTIR
Quantas vezes você já escutou alguém falando “cinema nacional não presta”. Eu sempre escuto, e na maioria das vezes quem fala não conhece um terço dos filmes que são bons.
Tendo em vista isso, resolvi quebrar o tabu de que o Brasil não sabe fazer cinema e apresentar alguns filmes ótimos – que nem todo mundo conhece. Isso não significa que estou desmerecendo, excluindo, menosprezando os conhecidos. Sei muito bem que “Cidade de Deus”, “Central do Brasil”, “Carandiru”, “O Auto da Compadecida”, “Meu nome não é Johnny”, “2 Coelhos”, “Meu tio matou um cara”, “Hoje eu quero voltar sozinho” e “Tropa de Elite” são super consagrados, merecidamente. Sei também que muitos outros filmes nacionais foram aclamados no decorrer das décadas.
Veja o link:https://portaldocurta.wordpress.com/2015/04/27/22-filmes-para-ver-e-nunca-mais-falar-que-cinema-nacional-nao-presta/
Tendo em vista isso, resolvi quebrar o tabu de que o Brasil não sabe fazer cinema e apresentar alguns filmes ótimos – que nem todo mundo conhece. Isso não significa que estou desmerecendo, excluindo, menosprezando os conhecidos. Sei muito bem que “Cidade de Deus”, “Central do Brasil”, “Carandiru”, “O Auto da Compadecida”, “Meu nome não é Johnny”, “2 Coelhos”, “Meu tio matou um cara”, “Hoje eu quero voltar sozinho” e “Tropa de Elite” são super consagrados, merecidamente. Sei também que muitos outros filmes nacionais foram aclamados no decorrer das décadas.
Veja o link:https://portaldocurta.wordpress.com/2015/04/27/22-filmes-para-ver-e-nunca-mais-falar-que-cinema-nacional-nao-presta/
OS BUNITINHOS DE CARA FEIA
Os Bunitinhos Da Cara Feia é o quarto filme feito pelos jovens de imbiruçu:Edenilson,Junio,Claudionis, Diego e Gerson. Foi feito logo depois de FÊnix, A Pedra Explosiva.
Os Bunitinhos da Cara Feia é um filme de comedia. Esse vídeo é a tentativa de fazer um Trailer, segundo a página IMBIHOLYWOOD.
segunda-feira, 27 de julho de 2015
PENTALOGIA POÉTICA: GISÉLIO JACINTO DE ALENCAR
A nossa
série Pentalogia Poética dessa semana traz poemas de Gisélio Jacinto de
Alencar, que coincidentemente, é seu aniversário. Confesso que foi coincidência
mesmo. Já estava na nossa pauta desde semana passada publicar poemas desse
poeta que é mutuense de coração, já que nasceu em Penha do Capim, terras de
Aimorés.
Os cinco
poemas são transcritos do livro FRAGMENTOS PERDIDOS. Buscamos aqui mostrar diferentes
focos que a poesia de Gisélio Jacinto de Alencar nos oferece. A busca pela
métrica em Além das Nuvens e da Lua, seu lado filosófico em Filosofando Sobre A
Paixão, seu lado religioso em Explicando O Porquê da Fé, um poema classificado
por nós como pop em Minha Vida, Veia Sangue e a aproximação de si em Minha
Intimidade.
ALÉM
DAS NUVENS E DA LUA
(SONETO)
Meus
sonhos estão sempre além das nuvens
E pairo
sobre estrelas para compor um verso
Conquisto
uma e outra e as encontro
Mas elas
tímidas são ainda resistentes.
Já me
confundi com a nuvem sobre mim
Me absorvi
em sua escuridão,
Pois a
luz se compõe acima dela e
Pairo,
ao ver-me entre as suas correntes.
Ansioso
fico na berlinda na espera
Ou procuro
a aura do seu manto,
Me guardo
para aquela que se insinua
Mas de
outra quero sim o que revela
Pois meus
sonhos vão além do meu encanto
Além
das nuvens, muito além da lua.
FILOSOFANDO
SOBRE A PAIXÃO
Para todas
as coisas existe uma razão
Mas a
razão não existe em todas as coisas,
Pois elas
existem nem sempre com motivo
E a
pior delas é a paixão.
Paixão não
dá razão e nem se explica
Nem motivo
tem e nem comenta o porque,
Pois quem
se apaixona sem medida
Não mede
as consequências e nem vê.
Digo pois
que a paixão é inconsequente
E pode
acontecer sem nenhuma explicação
Pois a
paixão cega a razão da gente
Então paixão
não é razão aparente
Razão é
amar e ser amado,
Mas amar
sem ter medida, isto é paixão.
EXPLICANDO
O PORQUÊ DA FÉ
A fé
não descerá de seu degraus
Pois ela
quer o infinito do alto
E mais
ainda...
A fé é
a procura mais constante.
Ela nunca
acabará ela jamais morrerá.
Onde há
vida, a fé ali estará,
Pois é
ela a sua mola propulsora
E leva
e trás toda a certeza.
Se acerca
de todos os seus anseios
E te
leva e te instrui.
As suas
montanhas mais íngremes
Ela contigo
subirá.
Construirá
a sua casa, seu sonho,
Mesmo que
obstáculos existam.
A fé
sempre haverá de existir,
Pois é
ela a razão do ser vivente
Que busca
o seu ideal e luta e acredita
Como um
navio que leva dentro de si
A alma
sempre em frente
MINHA
VIDA, VEIA SANGUE
Há um
carro que desliza em um chão de predra
A procura
de um lugar para estacionar
E é
assim que parece estar havendo,
Nas canções
da minha vida,
Se solto
o freio, passa do ponto,
Se freio
já passou do lugar.
Mas ainda
quero cantar com o motor
Que é
como o meu coração,
Que ronca
e sofre por passar nesta estrada
Que tem
pedra, poeira barro e subida,
Minha vida,
Que empaca
no estribilho, ao ar livre
Mas põe
o pau para quebrar
Pois aqui
é nervo,
É veia
e sangue, tem de lutar.
MINHA
INTIMIDADE
Gosto
de passear dentro de mim
E rever
meus conceitos, meus valores,
Para ver
de perto a minha intimidade
E sentir
as batidas do meu coração.
Pois o
meu íntimo é cheio de atalhos.
Há ali
muitos caminhos e encruzilhadas.
Vejo neles
as nascentes de perseverança
Que formam
cachoeiras vislumbrantes,
Descendo
com ruídos quais chocalhos.
Treme o
peito quanto bato contra mim
Para buscar
nele uma solução.
Encontro
muito mais que eu procurava
Nas coisas
que em mim guardadas
Resolvem
minha questão
Embora um pouco
demoradas.
sábado, 25 de julho de 2015
35 DE BACK IN BLACK DO AC/DC
O álbum de hard rock mais vendido da história completa 35 anos neste sábado (25). Com estimadas 50 milhões de unidades vendidas, “Back in Black'' do AC/DC não só transformou o rock, como também a vida de um cantor praticamente aposentado e deu novo rumo a uma banda derrotada pela morte de um companheiro,
O fato é que, mesmo com grandes conquistas posteriores, “Back in Black'', foi o auge da carreira do AC/DC e o maior álbum da história do rock pesado.
PÉROLAS DO ÁLBUM
Os famosos sinos infernais que dão as caras logo no início de “Hells Bells'' marca o lançamento da nova formação da banda. A música crua, símbolo do grupo, vem acompanhada de uma voz que lembra a do antigo vocalista, mas põe personalidade e força ao tema.
Praticamente todas as faixas do álbum viraram hinos para os fãs do AC/DC. “Shoot to Thrill'', “What You Do For Money'' e “Let Me Put My Love Into You'' preparam o terreno para o que vem a seguir.
A música “Back in Black'' sempre será a mais lembrada da banda australiana e transmite todo o poder do rock and roll. Três acordes levam a obra para solos e passagens memoráveis, que se transformaram em objeto de estudo a todos que já sonharam em ser rockstars.
Na sequência, “You Shook Me All Night Long'' dá o tom de como fazer uma balada com atitude, nunca perdendo a batida firme do então baterista Phill Rudd, a base segura de Malcom Young e toda a criatividade e charme de Malcom Young.
“Rock And Roll Ain't Noise Pollution'' fecha o disco e é, curiosamente, a melhor música do Back in Black. Com um início semelhante à canção “The Jack'', do primeiro disco da banda, em 1975, a pegada lenta caminha para um ritmo acelerado. O riff forte encaixa na voz aguda de Brian Johnson, que fecha o álbum com a frase “Rock and roll é apenas rock and roll''.
Tem como ser mais AC/DC do que isso?
Matéria na íntegra em:RADIO UOL
AMY WINEHOUSE E A ETÍLICA JUVENTUDE MUTUENSE
Todo mundo sabe resumidamente da história de Amy
Winehouse, aquela cantora de soul, jazz e R&B (Rhythm & Blues) com uma
voz linda e algumas músicas de sucesso como Back In Black e Rehab, só para
citar duas do ano de 2006.
No entanto, todos nós acompanhamos mais seu fenecer que seu
florescer. Era uma artista que a cada ano descia de patamar em termos de saúde
ao passo que, inversamente, subia na degradação tanto física como moral.
Era uma tragédia anunciada que se consumou em 23 de julho
de 2011, entrando para o famoso e terrível clube dos 27, cantores que morreram
aos 27 anos como Jimi Hendrix, Janis Joplin, Jim Morrison e Kurt Cobain, mais
recentemente.
Mas a pergunta que podemos fazer é a seguinte: o que tem
haver Amy Winehouse com Mutum, e em especial, com a cultura juvenil mutuense?
Algo haver. Poucos devem curtir Amy Winehouse em Mutum.
Suas canções chegaram por aqui mediante seu definhamento. Mas a juventude
mutuense, e isso me preocupa, anda meio Amy Winehouse. Lembro muito de um
quadro do programa Pânico em que o personagem aparecia em qualquer situação com
um copo na mão e ébrio.
Vejo muito nossa juventude com copo, latinha na mão,
publicamente e em algumas frestas da cidade, algo a mais que latinha ou copo.
Um canudinho, algo bem básico, ou um cachimbo “da paz”.
Então, na semana que lembramos a morte dessa mulher que poderia
ser um ícone da cultura que se transformou em ícone da degradação humana.
Coincidentemente, ontem li uma um artigo revelando um estudo que aponta que o
consumo de álcool no mulheres.
Aí aquela famosa frase: Antes elas queriam cozinhar como
a mãe, hoje elas querem beber como o pai.
Sem entrar nas questões de gênero, e minha bandeira é pela
igualdade, não é pelo consumo de álcool que as mulheres deveriam se igualar aos
homens.
Outro fato estarrecedor é que sete países da região não
restringiram a venda de álcool aos menores de 18 anos e que quase 70% das
nações não tem a propaganda de bebidas alcoólicas regulamentada.
Gostaria de ver uma juventude se pautando por sonhos e por busca desses
sonhos se organizando em grêmios estudantis, coletivo de estudos, reflexão e
ações e se manifestando através da arte. Quando vejo um jovem ou uma jovem
levando um copo de bebida alcoólica até à boca, não sei quem está consumindo
quem. Se é o jovem que está consumindo o álcool, ou se é o álcool que está
consumindo o jovem.
Além de saber que o álcool é uma espécie de rufião das outras drogas, é
a droga que prepara o terreno, tem duas perguntas a serem respondidas:
Primeiro, a quem interessa o uso de álcool na sociedade, sobretudo, dos jovens?
Como anda o fortalecimento de entidades como o Conselho Tutelar?
Enquanto a gente não reflete essas indagações, desce mais uma dose aí e
daqui a pouco vamos ouvir um número considerável de jovens cantar:
They
tried to make me go to rehab
But I
said "no, no, no"
Yes, I've
been black, but when I come back
You'll
know-know-know
I ain't
got the time
And if my
daddy thinks I'm fine
He's
tried to make me go to rehab
But I
won't go, go, go.
Ou seja:
Tentaram
me mandar pra reabilitação
Eu disse
"não, não, não"
É, eu
estive meio caída, mas quando eu voltar
Vocês vão
saber, saber, saber
Eu não
tenho tempo
E mesmo
meu pai pensando que eu estou bem
Ele
tentou me mandar pra reabilitação
Mas eu
não vou, vou, vou
Que em Mutum possa surgir várias Amy Winehouse na música
ou em outras atividades culturais, e se possível nenhuma Amy Winehouse que faça
parte do clube dos 27, ou menos ainda.
Link para o estudo sobre aumento do consumo de álcool na América:
Música Rehab no youtube:http://www.youtube.com/watch?v=KUmZp8pR1uc
Vale a pena também conferir: 12 HISTÓRIAS QUE NÃO CONTARAM
sexta-feira, 24 de julho de 2015
AMAZÔNIA OCUPADA
A realidade de garimpeiros, seringueiros, índios e migrantes na Amazônia é mostrada em 75 imagens de João Paulo Farkas, clicadas entre 1984 e 1993, que ganham uma exposição a partir desta sexta (24), no Sesc Bom Retiro. Na série, o fotógrafo conta histórias humanas, como a vitimização e lado heroico dos aventureiros.
Filho de Thomaz Farkas, sócio fundador da Fotoptica e pioneiro da fotografia moderna no Brasil, João sempre esteve em contato com a fotografia. Trabalhou nas revistas Veja e IstoÉ, onde o trabalho com a Amazônia começou.
leia em: AVENTUREIROS NA AMAZONIA
CARATINGA RECEBE EXPOSIÇÃO HISTÓRICA
Chega a Caratinga a exposição Je Suis Charlie, Uai!, com trabalhos de 24 cartunistas mineiros, originalmente realizada em Belo Horizonte, em fevereiro passado.
A mostra, pensada inicialmente como uma homenagem aos cartunistas franceses assassinados no atentado ao jornal satírico francês, em janeiro, ganhou dimensão histórica em Minas e no país, e acabou se tornando um manifesto dos cartunistas mineiros em defesa da liberdade.
Salão Internacional de Humor de Caratinga: Caratinga Recebe Exposição Histórica:
segunda-feira, 20 de julho de 2015
DA SÉRIE PENTALOGIA POETICA
NOTA DO BLOG: O blog MUTUM CULTURAL, na sua singela pretensão de pouco a pouco vir a ser a revista cultural eletrônica do nosso município buscará semanalmente publicar esta série intitulada PENTALOGIA POÉTICA, cinco poemas, ora de um único autor, ora de alguma antologia, como essa que reinauguramos.
Os poemas a seguir são transcrito do grupo no facebook QUEIJO GOIABADA E POESIA que é uma bela iniciativa de Wagner Fonseca.
Não deixe de visitar periodicamente essa bela página que tem se firmado como um espaço para quem gosta de se expressar com poemas.
Venha
Sem pressa,
sem medo e sem
desculpas.
Eu sou a tua menina,
quem gosta, de brincar
de maré, na rua.
que é toda tua.
Não demore.
Estou a tua espera.
Venha antes
do entardecer
para vermos a lua
nascer e fazermos
serenata, até o
amanhecer!
Os poemas a seguir são transcrito do grupo no facebook QUEIJO GOIABADA E POESIA que é uma bela iniciativa de Wagner Fonseca.
Não deixe de visitar periodicamente essa bela página que tem se firmado como um espaço para quem gosta de se expressar com poemas.
CRISTINA NUNES
Tomara
Que você volte depressa
Que você não se despeça
Nunca mais do meu carinho
E chore, se arrependa
E pense muito
Que é melhor se sofrer junto
Que viver feliz sozinho
Que você volte depressa
Que você não se despeça
Nunca mais do meu carinho
E chore, se arrependa
E pense muito
Que é melhor se sofrer junto
Que viver feliz sozinho
Tomara
Que a tristeza te convença
Que a saudade não compensa
E que a ausência não dá paz
E o verdadeiro amor de quem se ama
Tece a mesma antiga trama
Que não se desfaz
Que a tristeza te convença
Que a saudade não compensa
E que a ausência não dá paz
E o verdadeiro amor de quem se ama
Tece a mesma antiga trama
Que não se desfaz
E a coisa mais divina
Que há no mundo
É viver cada segundo
Como nunca mais...
Vinicius de Moraes
Que há no mundo
É viver cada segundo
Como nunca mais...
Vinicius de Moraes
ITAJACI CORRÊA
Venha
Sem pressa,
sem medo e sem
desculpas.
Eu sou a tua menina,
quem gosta, de brincar
de maré, na rua.
que é toda tua.
Não demore.
Estou a tua espera.
Venha antes
do entardecer
para vermos a lua
nascer e fazermos
serenata, até o
amanhecer!
WAGNER FONSECA
CRISTALIZADO OLHAR
Cristalizado olhar
Queiras tu minha presença no além
Assim como desejo a tua no meu dia
Rasga-me o peito
Nostalgia acirrada
Noite fria abalada
Meu tormento infindável
Se já não tens pétalas
Repousar-te em escuro breu,
Brancas és no pensamento,
Um momento de tormento
Segue a razão pelo coração
Pois a mente não socorre
O suplicio da minha carne
E envolto em agrura
Desfaleço em querer-te
E no triste olhar
No horizonte não a vejo.
Sua presença meu desejo.
Queiras tu minha presença no além
Assim como desejo a tua no meu dia
Rasga-me o peito
Nostalgia acirrada
Noite fria abalada
Meu tormento infindável
Se já não tens pétalas
Repousar-te em escuro breu,
Brancas és no pensamento,
Um momento de tormento
Segue a razão pelo coração
Pois a mente não socorre
O suplicio da minha carne
E envolto em agrura
Desfaleço em querer-te
E no triste olhar
No horizonte não a vejo.
Sua presença meu desejo.
CELSO FERRUDA
OS POETAS SÃO PROFETAS
O poeta é um profeta.
suas sábias palavras, como o profeta, toca multidões.
O bom poeta tem na poesia amor,
assim como o profeta, a lei do senhor.
-sentimento nobre da salvação:
-"amai-vos uns aos outros, como eu vos amei..."
Poeta è um profeta dos novos tempos,
que ama e profetiza o eterno amor.
O grande profeta anunciava o salvador.
O poeta em seus passos, o grande seguidor...
-(prega a luz que ainda brilha de seu senhor.)
-"Não tomai seu santo nome em vão!"
O profeta tinha a lança da justiça e da humildade em seu cajado.
O poeta tem na humildade a justiça a seguir do que vem do passado.
"Honrai!" -sua mãe e seu pai, são mestres da vida.
Poetas são profetas...
Sua grandeza é o espelho para a nova luz.
Divinas são suas palavras. (Lhes conforta.)
Traduz o grande caminho ao verbo:
-eis o grande homem entre nós!...
- outro profeta, um poeta. Só fala de amor...
-hoje sua carne já está morta.
Mas vivo entre nós porém.
"vem e segue - me!"
- "Eu sou teu senhor!"
-"quem me segue, não andará nas trevas!"
O poeta é um profeta.
suas sábias palavras, como o profeta, toca multidões.
O bom poeta tem na poesia amor,
assim como o profeta, a lei do senhor.
-sentimento nobre da salvação:
-"amai-vos uns aos outros, como eu vos amei..."
Poeta è um profeta dos novos tempos,
que ama e profetiza o eterno amor.
O grande profeta anunciava o salvador.
O poeta em seus passos, o grande seguidor...
-(prega a luz que ainda brilha de seu senhor.)
-"Não tomai seu santo nome em vão!"
O profeta tinha a lança da justiça e da humildade em seu cajado.
O poeta tem na humildade a justiça a seguir do que vem do passado.
"Honrai!" -sua mãe e seu pai, são mestres da vida.
Poetas são profetas...
Sua grandeza é o espelho para a nova luz.
Divinas são suas palavras. (Lhes conforta.)
Traduz o grande caminho ao verbo:
-eis o grande homem entre nós!...
- outro profeta, um poeta. Só fala de amor...
-hoje sua carne já está morta.
Mas vivo entre nós porém.
"vem e segue - me!"
- "Eu sou teu senhor!"
-"quem me segue, não andará nas trevas!"
VALDIR LOPES
UM AMOR
Um amor,
Um silêncio,
Uma palavra
Falada ao seu tempo,
Uma poesia escrita
Em um coração que escuta,
Uma voz suave que não cansa.
As lagrimas que rolam
No rosto da mulher amada,
O sorriso brilhante
E o grito,
A esperança,
A saudade que doe,
A dor que não passa,
A falta que faz
Um amor sincero,
Que ao seu tempo constrói
E jamais acaba;
Pra sempre será,
Um amor de verdade.
Um silêncio,
Uma palavra
Falada ao seu tempo,
Uma poesia escrita
Em um coração que escuta,
Uma voz suave que não cansa.
As lagrimas que rolam
No rosto da mulher amada,
O sorriso brilhante
E o grito,
A esperança,
A saudade que doe,
A dor que não passa,
A falta que faz
Um amor sincero,
Que ao seu tempo constrói
E jamais acaba;
Pra sempre será,
Um amor de verdade.
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sábado, 18 de julho de 2015
EXPOEMAS I
DA SÉRIE COSTA FERREIRA
AQUELE QUE PERDE
lembra do nosso último encontro
não sei se foi no pronto-socorro
não sei se foi no ponto de ônibus
não sei se virou conto ou poesia
só sei que se foi com o findar do dia
lembra do nosso último abraço
não deixando espaço entre nossos corpos
não demarcando território
apenas braços estendidos e enlaçados
feito laço de vaqueiro sobre o bezerro
lembra do nosso último beijo
e nossos lábios estourando de desejos
e nossos lábios sussurando rimas
feito sábios dissecando o mundo
feito sábios dissertando sobre frutos podres
lembra do nosso último adeus
e nossos dedos cortando o ar
e nossos dedos apontando o luar
e nossos segredos sendo sepultados
e nossos segredos sendo degredados
lembra e vê se esquece
pois a lembrança enlouquece
aquele que perde
aquele que não percebe que a vida segue
FIM DE NOITE FRIA
sem saber o que fazer
na face da terra
a gente inventa a guerra
a gente invade outro planeta
sem saber o que dizer
diante da face de Deus
a gente frequenta a Igreja
a gente enfeita a garagem
sem saber pra quem torcer
quando a seleção joga
quando só vemos joio
jogado na porta de nossas casas
sem saber de nada
sem saber nadar
para atravessar o mar de lamas
para atravessar a mata de lobos
sem saber fazer lobby
sem ter hobby sexta-feira a tarde
sem disparar o alarme
quando a violência acontece
fim de papo, fim de noite
fria
FOICE E MARTELO
era uma noite etérea
era uma nota de rodapé
era uma nova era
era tudo que se espera
mas aí foi ficando escuro
mas aí foi se erguendo muro
mas aí foi sendo foice e martelo
mas aí não deu certo
agora buscando novos caminhos
agora embrulhando novos presentes
agora emboscando novos inimigos
agora bradando sob novas bandeiras
mas o sonho continua sendo o mesmo
todo mundo junto todo mundo janta
todo mundo dono de tudo
todo mundo dominando tudo
tudo de todos, novas regras
novo jogo
e o sonho sempre será o mesmo
sexta-feira, 17 de julho de 2015
13º SALÃO INTERNACIONAL DE HUMOR DE CARATINGA
Sobre o Salão Internacional de Humor de Caratinga, um
evento importante de humor de nossa região, reproduzo o artigo de Edra, postado
ontem em:
Hoje é a Abertura do 13º Salão Internacional de Humor de Caratinga em Homenagem a Ruy Castro
Ruy Castro, jornalista e escritor brasileiro. Mais um caratinguense ilustre
a ser homenageado pelo Salão de Humor de Caratinga
Edição terá como tema único caricaturas do jornalista e escritor brasileiro Ruy Castro
Inserido na programação do Festival de Inverno, o Salão Internacional de Humor regressa a Caratinga.
A 13ª edição do Salão será realizada de hoje a 31 de julho na Casa Ziraldo de Cultura, com entrada franca.
Depois de homenagear outros caratinguenses ilustres como Ziraldo, Agnaldo Timóteo e Míriam Leitão, o Salão terá como tema único caricaturas do jornalista e escritor brasileiro Ruy Castro. Como premiação serão distribuídos para os três primeiros colocados uma mesa digitalizadora.
Haverá também uma mostra paralela "Je Suis Charlie, Uai" reunindo trabalhos de 25 artistas mineiros em homenagem aos profissionais cruelmente assassinados no atentado ao jornal francês Charlie Hebdo.
O primeiro salão de humor foi realizado em 1998, no 150º aniversário de Caratinga. “Pela organização e credibilidade adquirida ao longo de doze edições realizadas, o Salão Internacional de Humor de Caratinga é o principal do nosso estado e está entre os cinco maiores do Brasil”, ressalta Edra.
“Para que o evento fosse uma homenagem perene ao cartunista Ziraldo, instituí o Troféu ‘Pererê’, o que ajudou ainda mais a projetar o nome da nossa cidade, por meio de sua criatividade e pelo talento dos seus traços”, diz Edra.
Estes são os artistas que estarão participando da mostra competitiva:
- Alan Souto Maior Alves – Rio de Janeiro / RJ
- Anderson de Oliveira Delfino – Sorocaba / SP
- André Luis Mello Camargo – Porto União / SC
- Antônio Santos – Amarantes / Portugal
- Antônio Máximo de Medeiros da Rocha / Rio de Janeiro / RJ
- Ariel Silva – São Carlos / SP
- Eder Santos (2) – São Paulo / SP
- Eliabe Davia Alves – Natal / RN
- Elihu Ribeiro Duayer Filho – Rio de Janeiro / RJ
- Ednio Ferreira Júnior – Franca / SP
- Fabrício dos Santos Brito – Rio de Janeiro / RJ
- Flávio Roberto Cordeiro Miranda – São Paulo / SP
- Gervásio Pires de Castro Neto – Rio de Janeiro / RJ
- José Luiz de Souza Silva – Cabo Frio / RJ
- João Bento de Souza – Belém / PA
- José Augusto de Oliveira Camargo – São Paulo / SP
- Josemar Oliveira Melo – São Paulo / SP
- Paulo José Barbosa Pinto – Gandra / Portugal
- Max Eduardo Portella Ziemer – Rio Grande / RS
- Milton de Faria – Rio de Janeiro / RJ
- Moisés Macedo Coutinho – Mogi Guaçu / SP
- Raimundo Waldez C. Duarte – Belém / PA
- Sérgio Luiz Roda – São Carlos / SP
- Ulisses José de Araújo – Paraíba do Sul / RJ
- Walter Alvarez Toscano – Peru
CELINA FERREIRA
Sua obra foi muito pouco divulgada, o que não a impediu de receber referências positivas de Manuel Bandeira, Guimarães Rosa, Carlos Drummond de Andrade, Artur da Távola, Affonso Romano de Santana e outros grandes escritores. Não fosse essa pequena divulgação, hoje seu nome teria lugar ao lado de Henriqueta Lisboa e Cecília Meireles
Leia sobre essa escritora da nossa região em:
Joaquim Branco Ribeiro Filho: Literatura de Cataguases - CELINA FERREIRA (1928-2...: CELINA FERREIRA (1928-2012) Morreu no dia 5 de agosto de 2012, no Rio de Janeiro, a poetisa Celina Ferreira, nascida em Santana de Catag...
Leia sobre essa escritora da nossa região em:
Joaquim Branco Ribeiro Filho: Literatura de Cataguases - CELINA FERREIRA (1928-2...: CELINA FERREIRA (1928-2012) Morreu no dia 5 de agosto de 2012, no Rio de Janeiro, a poetisa Celina Ferreira, nascida em Santana de Catag...
O QUE SE EXPÕE EM UMA EXPOMUTUM
DA SÉRIE: RELATOS DESCOMPROMISSADOS
A exposição, a priori, é para expor produtos da agricultura e da pecuária.
Mas mandioca de dois metros ou aquelas vacas que dão oitenta litros de leite por ordenha, é o que menos se vê.
Diria os maldosos que o que se expõe são outras mandiocas e outras tetas.
Tirando a maldade de lado, o que se expõe é muito mais que produtos da agricultura e da pecuária.
Tem um parquinho que é um tormento para os pais. No começo fica a ala das crianças menores, a turma da educação infantil: os famosos carrosseis com seus cavalinhos fazendo trezentos e sessenta graus, que de um tempo prá cá tem carrinho também. Vai que alguma criança não se encanta com cavalos, não faça questão de uma montaria. Tem mais cavalo no carrossel que nas baias.
Mas o cavalinho do carrossel ainda pode chamar a atenção. Minha geração chamada de coca-cola, geração rock n'roll, se espanta como a vida é cíclica. Como a adolescência e juventude de hoje gosta de uma cavalgada. A empolgação é a mesma que tinhamos diante da possibilidade de um festival de rock. Mas o roqueiro ficou estigmatizado em propagandas dos postos Ipiranga. Somos rebeldes que só dizem sim.
Em uma coisa a cavalgada até se parece com um festival de rock, ops, era para falar da exposição.
Voltando ao parquinho de diversões e de gastança dos pais, mais para o meio vem os brinquedos da turma dos anos iniciais do ensino fundamental. O bate-bate é o preferido. É quando os nossos rebentos querem nos imitar a dirigir. Mas batem conforme o nome do brinquedo sugere.
No fundo fica a diversão para a turma do Ensino fundamental nos anos finais e a turma do ensino médio. É o samba. Fica no fundinho. Sabe se lá porquê.
Bem, a turma universitária até revisita o parquinho. Mas as barraquinhas de drinques não estão ali.
Exposição também é tempo de transpor antes de se expor. Muitos querem beber muito para se transpor da realidade rotineira para a realidade etílica. Uma espécie de mundo virtual onde na bebedeira tudo posso.
Expõe-se a beleza juvenil. Quanto é prazeroso desfilar pelo parque de exposição ao lado de alguém bonito ou bonita. Ser pegador ou pegadora no momento de pico, é estar ao lado de alguém que satisfaz os padrões de beleza impostos pela sociedade, e esses padrões são cada vez mais exigentes. Aqui vale ressaltar que se vê em todos os cantos os grupos daqueles que não se encaixam nos padrões fazendo uma espécie de pré-aquecimento para uma possível pegança mais tarde. A boate fica no canto, mas o seu som estridente a certas horas toma de assalto todo o parque de exposição.
Na exposição agropecuária também se expõe roupas. Cada qual quer está elegante. As meninas adeptas dos trajes mínimos encaram o frio numa boa como que num prenúncio do aquecimento global.
Tem também a exposição da vida familiar entre colegas de trabalho. Sobretudo daquele novo colega que aparece na exposição ao lado do cônjuge, puxando pela mão seus filhos, os pequenos apenas. Aí dá pra ter ciência da família dos colegas de lida.
Tem exposição de artistas. São em exposições do interior que artistas regionais, em dias de semana, acabam biliscando uma chance de se apresentar em uma estrutura melhor.
Diria alguns que também tem a exposição de caras de pau. Isso se dá sobretudo na abertura com a presença dos políticos, sobretudo dos que fazem uso da fala.
Bem, se a gente abrisse uma enquete com a hashtag, o que tem na exposição, daria uma lista enorme.
O que eu sei é que na exposição se expõe muito mais que mandioca e úberes bovinos.
FOTO: LÉO GOMES |
A exposição, a priori, é para expor produtos da agricultura e da pecuária.
Mas mandioca de dois metros ou aquelas vacas que dão oitenta litros de leite por ordenha, é o que menos se vê.
Diria os maldosos que o que se expõe são outras mandiocas e outras tetas.
Tirando a maldade de lado, o que se expõe é muito mais que produtos da agricultura e da pecuária.
Tem um parquinho que é um tormento para os pais. No começo fica a ala das crianças menores, a turma da educação infantil: os famosos carrosseis com seus cavalinhos fazendo trezentos e sessenta graus, que de um tempo prá cá tem carrinho também. Vai que alguma criança não se encanta com cavalos, não faça questão de uma montaria. Tem mais cavalo no carrossel que nas baias.
Mas o cavalinho do carrossel ainda pode chamar a atenção. Minha geração chamada de coca-cola, geração rock n'roll, se espanta como a vida é cíclica. Como a adolescência e juventude de hoje gosta de uma cavalgada. A empolgação é a mesma que tinhamos diante da possibilidade de um festival de rock. Mas o roqueiro ficou estigmatizado em propagandas dos postos Ipiranga. Somos rebeldes que só dizem sim.
Em uma coisa a cavalgada até se parece com um festival de rock, ops, era para falar da exposição.
Voltando ao parquinho de diversões e de gastança dos pais, mais para o meio vem os brinquedos da turma dos anos iniciais do ensino fundamental. O bate-bate é o preferido. É quando os nossos rebentos querem nos imitar a dirigir. Mas batem conforme o nome do brinquedo sugere.
No fundo fica a diversão para a turma do Ensino fundamental nos anos finais e a turma do ensino médio. É o samba. Fica no fundinho. Sabe se lá porquê.
Bem, a turma universitária até revisita o parquinho. Mas as barraquinhas de drinques não estão ali.
Exposição também é tempo de transpor antes de se expor. Muitos querem beber muito para se transpor da realidade rotineira para a realidade etílica. Uma espécie de mundo virtual onde na bebedeira tudo posso.
Expõe-se a beleza juvenil. Quanto é prazeroso desfilar pelo parque de exposição ao lado de alguém bonito ou bonita. Ser pegador ou pegadora no momento de pico, é estar ao lado de alguém que satisfaz os padrões de beleza impostos pela sociedade, e esses padrões são cada vez mais exigentes. Aqui vale ressaltar que se vê em todos os cantos os grupos daqueles que não se encaixam nos padrões fazendo uma espécie de pré-aquecimento para uma possível pegança mais tarde. A boate fica no canto, mas o seu som estridente a certas horas toma de assalto todo o parque de exposição.
Na exposição agropecuária também se expõe roupas. Cada qual quer está elegante. As meninas adeptas dos trajes mínimos encaram o frio numa boa como que num prenúncio do aquecimento global.
Tem também a exposição da vida familiar entre colegas de trabalho. Sobretudo daquele novo colega que aparece na exposição ao lado do cônjuge, puxando pela mão seus filhos, os pequenos apenas. Aí dá pra ter ciência da família dos colegas de lida.
Tem exposição de artistas. São em exposições do interior que artistas regionais, em dias de semana, acabam biliscando uma chance de se apresentar em uma estrutura melhor.
Diria alguns que também tem a exposição de caras de pau. Isso se dá sobretudo na abertura com a presença dos políticos, sobretudo dos que fazem uso da fala.
Bem, se a gente abrisse uma enquete com a hashtag, o que tem na exposição, daria uma lista enorme.
O que eu sei é que na exposição se expõe muito mais que mandioca e úberes bovinos.
terça-feira, 14 de julho de 2015
VERSOS SOLITÁRIOS EM MATIPÓ
DA SÉRIE COSTA FERREIRA
SEMPRE SÓ
Quando toco o solo
Sempre só
Solo da lua, solo da rua
Sempre só
E tudo tá tão solto
E eu envolto em lama
E eu revolto feito mar
E eu decido o que posso
E o que não posso
09.07.2015
ÚLTIMO PINGO DE TINTA
E o poema termina
Após eu dobrar a esquina
Após a última chacina
Após o mergulho na piscina
Após o último pingo de tinta
E o poema recomeça
Antes que o sonho esmoreça
Antes que a flor feneça
Antes que a porta se feche
Antes que a água seque
Antes que a última gota de sangue
Manche o mármore do teu castelo
09.07.2015
QUEM
Quem era feito pó
Quem era poeira cósmica
Quem era de outras eras
Está aqui agora
Quem era apenas pólvora
Quem era apenas pena
Quem nem valia a pena
Está aqui agora
Quem viveu outrora
Quem verá a aurora
Quem foi vento
Em outro momento
É sussurro agora
E a vida segue
Feito um cego na grande cidade
09.07.2015
SOBREVIVENDO
Para vencer o vento
Para vender as flores
Para viver o sonho
Estou solto e sobrevivendo
Para ter atenção de todos
Para tecer as regras do jogo
Para tocar todos os ritmos da rua
Estou sob a soma de todos os medos
Eu vou dizer algo
Que está enlatado
Eu vou fazer algo
Que vai ficar fossilizado
E assim todas as histórias
De derrotas, de vitórias
Foram vítimas do destino
Foram lampejos do desatino
E se foram
E vamos indo
09.07.2015
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