sábado, 23 de março de 2013

POESIA: VIDA DE IMPROVISOS




Gêneros alimentícios
Genros alimentados
Geração de viciados
A vida em pedaços
Um pesadelo eterno
Do qual não me desfaço

A gente vive de improvisos
Ninguém avisa
Quando a bala em nossa direção
E abala
A opinião pública
Quando é publicado no jornal

A gêneses de tudo isso
Gênios de férias
Eu sei o quanto é sério
Ter certa vontade de lutar
Sem ter sequer luz
Sem ter sequer lucidez

Genes alienígenas
Gente subalimentadas
Geração de obesos
A vida em frangalhos
Nem um galho para se agarrar
Nem uma garra para predar

A gente vive de pretéritos imperfeitos
Ninguém sinaliza
Quando o sinal dos tempos soa o alarme
E arde
Feito fogo do inferno
Quando temos quase certeza
Que nosso futuro é incerto demais

A genitália de tudo isso
Genialidades jogadas no lixo
Eu sei o quanto é certo
Ter sempre vontade de levantar
E não ter sequer a cara lavada
E ter labutado e não ter nada

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