José Ronaldo Siqueira é um
carioca que reside em Mutum. Atlas
anatômico para almas puídas é seu quarto livro (o segundo pela
Editora Patuá). Também são seus os livros: O prisioneiro (2012); Historinha é o escambau! (2016); Manual não injuntivo de como criar um
monstro (2018), também pela Patuá, foi finalista (3º lugar) no
concurso da Biblioteca Nacional em 2019, na categoria romance.
Vamos deixar que o autor falar da
sua obra, com seu jeito franco, nesta mini entrevista.
“Morri. Morro. Acordei. Acordei? Acho que sim. Mas como assim, acho, não tenho certeza se acordei? Como não ter certeza?"
MUTUM CULTURAL: Atlas anatômico para ideias puídas é um livro de contos. O que o leitor
pode encontrar nas páginas da sua obra? Há um fio condutor que interliga os
contos?
ZÉ RONALDO: Há. Mas
no tocante ao motivo. O Atlas é um livro que versa sobre
esperança/desesperança. Sabe aquela história de que no fundo do poço ainda há
um alçapão, pois então, quanto mais nos afundamos no desespero e na falta de um
vislumbre qualquer de lume, mais forte e crescente é, ao mesmo tempo, a
sensação de que tudo ainda pode, de uma maneira que não imaginamos qual seja,
dar certo. Essa desesperança acaba por, de certa forma, alimentando nossa
esperança. O Atlas é o segundo livro de uma trilogia. O Manual foi o primeiro.
O terceiro já está pronto. Talvez o lance ano que vem, ou espere um pouco mais.
“Ah, disso eu tenho minhas dúvidas. Dissimulada e expert na chantagem emocional, como você sempre foi, não me admiraria...”
MUTUM CULTURAL: É seu segundo livro pela Patuá,
uma editora bem conceituada no mercado editorial. A que você credita este
feito?
ZÉ RONALDO: Olha, imagino que o que me possibilitou lançar novamente pelo selo da Patuá, tenha sido o fato de que o Manual ficou em 3º lugar no concurso da Biblioteca Nacional, que é um dos 5 concursos do grand slam da literatura nacional (Oceanos, Prêmio São Paulo, Jabuti, BN - Biblioteca Nacional - e Sesc - este último, só para autores ainda não publicados). Só vejo por aí. O livro anterior, o Manual, não vendeu muito pelo site (a Patuá não distribui os livros em livrarias, diz que não dá lucro para a editora, por isso opta apenas pela venda online, no próprio site da editora), foi só os que eu vendi no lançamento e alguns poucos depois. Sou melhor autor do que vendedor, hahahahahahahaha.
“E se fugir? E se eu sair de casa? Será que esse bicho me segue? Será que vem atrás de mim? E se eu me escondesse em um bosque ou uma floresta, onde não houvesse paredes?"
MUTUM CULTURAL: Como o leitor pode adquirir sua
obra?
ZÉ RONALDO: Como eu
já disse, uma das formas de adquiri-lo é através do site da Editora Patuá,
e, sempre tenho alguns comigo também, para quem quiser já tê-lo autografado,
podem me encontrar no facebook .
NOTAS DO BLOG:
I) Estamos idealizando uma série de postagens intitulada por enquanto de Década Fértil: A produção literária de 2011-2020. Valorize os autores de Mutum. Somos destaque na região em termos de produção literária.
II) Como foi dito na mini entrevista, Atlas anatômico para almas puídas é o 2º livro de uma trilogia. Vamos aguardar o terceiro para podermos fazer uma postagem envolvendo toda trilogia.
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