MUTUM CULTURAL
sábado, 28 de setembro de 2024
CINEMA: DOIS FESTIVAIS PRÓXIMOS A NÓS
quinta-feira, 26 de janeiro de 2023
JOÃO CARLOS ROSA: O FLORESCER DO POETA
JOÃO CARLOS ROSA:
O FLORESCER DO POETA
JOÃO CARLOS ROSA: Sempre gostei de ler e escrever. Escrevo desde os meus 15 anos. Alguns escritos já se perderam.
JOÃO CARLOS ROSA: Escrevi mais poemas, mas também escrevia peças de teatro para o grupo de jovens. A inspiração é uma coisa interessante. Às vezes uma frase, uma palavra surge e desencadeia o processo.
JOÃO CARLOS ROSA: Sim, penso em produzir prosas. Tenho alguns causos que gostaria de contar por escrito. Tenho que ler mais prosa para me aprimorar nesta forma de narrativa.
JOÃO CARLOS ROSA: Assustou de início. Não esperava ser contemplado. Foi um sonho que se realizou. De repente ver seu livro impresso foi muito bom. Foi como se fosse um sexto filho. Eu selecionei para o livro os poemas que foram mais fáceis de encontrar. Coloquei o poema Pedaços, publicado no jornal Desperta Povo na década de noventa, mas acabou ficando de fora. O livro se limitava a cem páginas no máximo. A foto na capa do livro é de Barra Longa, foi para retratar o local onde moro desde meus nove anos.
João Carlos Rosa participando da Retomada Literária, O Cafezeiro, dez/2021 |
JOÃO CARLOS ROSA: Já li muita coisa dos nossos autores. São bons livros. A literatura mutuense é bem promissora. Participamos recentemente da Retomada Literária n’O Cafezeiro. Tenho mais livros do Cláudio Antonio Mendes.
JOÃO CARLOS ROSA: Publicar mais livros. Participar de alguns projetos, alguma coletânea de forma cooperativa. A nossa cultura mutuense precisa investir mais em nossos autores, em nossos músicos, por exemplo. Nossos artistas deveriam ser mais valorizados pelo poder público. Não investir tanto e só em artistas de fora. Investir naquilo que é da cultura mutuense. Talvez as gerações futuras não vão valorizar o que temos por desconhecer nossas manifestações culturais.
segunda-feira, 19 de dezembro de 2022
PENTALOGIA POÉTICA: ZÉ RONALDO EM VIDA É ESTE INFERNO DE GUERRA QUE SE PERDE TODO SANTO DIA
PEQUENOS ESTILHAÇOS DA GUERRA COTIDIANA
PENTALOGIA POÉTICA DE JOSÉ RONALDO SIQUEIRA em VIDA É ESTE INFERNO DE GUERRA QUE SE PERDE TODO SANTO DIA
EDITORA: LIBERTINAGEM
ANO DE PUBLICAÇÃO: 2022
Somos soldados em uma guerra diária pela sobrevivência. Isto é fato. Então cada um veste sua farda, suas farpas, sua armadura, alma-dura, e parte para o campo de batalha. Seja no emprego, seja no empréstimo. Seja na produção, seja na prostituição. Tudo é consumo e todos somos insumos. É uma das conclusões possíveis em Vida é este inferno de guerra que se perde todo santo dia. Livro de poema lançando este ano pelo escritor residente em Mutum José Ronaldo Siqueira. Seus poemas sãos estilhaços desta guerra. Optamos nesta pentalogia por poemas menores, não pelo tamanho, mas pela concisão e pela temática/pólvora contida nos versos do poeta.
Os cactos também se abraçam
Línguo a presalização da fera
Empedregulho o lacrimar do tempo:
A ansiolitização das esquinavidas
Os premeditos do desejosamente
O enluvamento do luto-líquido
O arf-arfar no onomatópico do leito-leitoso
Inimprecisar o lapsamente do almar
As harpias só andam, agora, de Uber
Elas já não sabem mais
(Ou não querem)
Conjugar a terceira pessoa do plural
Do verbo
Coração.
Dá nisso mesmo
Às vezes
Oxigênio
Mancha meu pulmão
De
Vida...
Poesia de combustão
Palavras queimadas
Não geram poemas
A gênese da poesia
Se encontra
Na alma
Incendiária.
Náufrago
Eu
Na casa de mim
Evitando as enchentes
Evitando as nascentes
Evitando-me.
O vago opaco
Eu
No corpo dos outros
Na alma alheia
Defendendo
De mim.
Espelho reverso
Reflexo da sombra
O vago opaco
Esquecido por ti.
Estamos na trincheira da cultura, pois sabemos que “é só a arte para nos defender” como escreve o prefaciador Whisner Fraga.
COMO ADQUIRIR O LIVRO?
instagram do autor: @zeronaldo_siqueira
quarta-feira, 12 de outubro de 2022
A BOA CACHARAMBAMBA É DE 1930
A BOA CACHARAMBAMBA É DE 1930
Obs: Conservamos aqui a grafia como a recebemos.
A BOA CACHARAMBAMBA É DE 1930
01. A aguardente especial
que mereceu propaganda
é a do DOMINGOS MENDES
que ganhou a maior fama.
02. Não sou eu, por exaltado,
que digo que assim merece,
isto é sempre falado
pelo povo que conhece.
03. Negociantes fregueses
também compram a ruim por mafa
e vendem esta, a melhor,
oitocentos a garrafa.
04. Só faz o bom paladar
a boa cacharambamba,
à ficar-se só cuspindo
é melhor que os beiços lamba.
05. Vejam que dizem os médicos
a respeito de bebida,
quem bebe cachaça ruim
não pode ter longa vida.
06. O Paratí que na boca
não produz bom paladar
quando chega ao estômago
já causou um grande mal.
07. É a causa principal
que forma a debilidade
daí vem a Hidropisia
ou outra rivalidade.
08. Quem quer conservar saúde
procure cachaça boa;
fuja das coisas ácidas
e não beba água de lagôa.
09. Por isso aconselhamos
usarem desta aguardente;
outras fazem a moléstia
e esta cura o doente.
10. A cachaça ruim já fez
alguma idéia maluca;
quem bebe cachaça boa
não varia, nem caduca.
11. Procurem a afamada fábrica
quem quer se bem servido;
lá estará o DOMINGO MENDES
para atender o seu pedido.
12. Rio abaixo ou rio acima;
seja de qualquer maneira;
para baixo do córrego do Bronze
onde tem uma cachoeira.
13. Aí se avista uma roda
gigante
com cinqüênta metros de altura
vê-se que está chegando
onde fabrica a pura.
14. Essa roda tem o nome
de Roda do Desempenho;
porquê é ela que movimenta
o moinho, monjolo e engenho.
15. Tem outra mais pequena
chama-se roda suprima;
apanha água no rio
e despeja no coxo acima.
16. Muitos ficam admirados
da água subir no apique;
em uma bica descer
no capelo do alambique.
17. Outros têm-se admirado
da idéia do joaquim;
sem ter visto outro fazer,
arrumar uma coisa assim.
18. Aos fregueses do DOMINGOS
MENDES
nunca faltou a aguardente;
se eles continuarem
há de ser assim por diante.
Autor: Joaquim Mendes
Contribuição: Luiz Mendes (Filho de Domingos Rodrigues Mendes)
NOTA DO BLOG: Alambiques e cerverjarias é um dos nossos recortes de pesquisa do projeto HISTÓRIA ECONÔMICA DE MUTUM.
quinta-feira, 6 de outubro de 2022
FRANCISCO MAGALHÃES: ARTISTA MUTUENSE DE CORAÇÃO
(Última atualização em janeiro/2018)
Aimorés, MG, 1962 – Belo Horizonte, MG, 2017
Indicado ao Prêmio PIPA 2017.
Francisco Magalhães nasceu em Aimorés e viveu parte de sua vida em Mutum-MG, mas mudou-se para Belo Horizonte em 1975. Artista plástico, sua formação incluiu passagens pela EBA-UFMG, pela Escola de Artes e Ofícios de Contagem, e pela Escola Guignard UEMG. Participou de mostras coletivas e individuais a partir de 1984. Também participou de salões de arte, onde recebeu prêmios como o Prêmio Especial para Objeto e Escultura Alfredo Ceschiatti, no XXI Salão de Arte da Pampulha, Belo Horizonte, MG; o Prêmio Exposição Individual no 44° Salão de Arte Contemporânea do Paraná, Curitiba, PR; o Grande Prêmio da Prefeitura de Belo Horizonte no XVIII Salão de Arte da Pampulha, Belo Horizonte, MG; e o Prêmio Banco Econômico, no XXXVIII Salão de Arte de Pernambuco, Recife, PE.
Vídeo produzido pela Do Rio Filmes, exclusivamente para o Prêmio PIPA 2017:
SOBRE SUA MORTE:
Artista Francisco Magalhães morre em BH
Professor da Escola Guignard e ex-direitor do Museu Mineiro foi incansável militante das artes.
Morreu ontem o artista e professor Francisco Magalhães, aos 55 anos, vítima de parada cardíaca. Chico, como era conhecido, foi um incansável militante da arte e da arte-educação. Professor do curso livre da Escola Guignard (Uemg), foi diretor do Museu Mineiro entre 2005 e 2011, quando coordenou uma série de projetos e ações educativas e aproximação entre comunidades e estes espaços, entre eles os Projetos Território-Museu Mineiro, Sobre Mesa de Queijos, Imagem Iluminada, Recordação da Visita, Cozinha Museu e O Museu Guardas
FONTE: https://www.uai.com.br.
segunda-feira, 29 de agosto de 2022
A ARTE COM OS ARES DO CAPARAÓ
A ARTE COM OS ARES DO CAPARAÓ
Argilano Rodrigues é artista plástico de Iúna-ES. Ele promove o evento BIENAL EXPOART LITERÁRIA ARGILANO ART'S.
A próxima edição será no próximo mês, dia 17. E nesta edição terá a participação do poeta mutuense Cláudio Antonio Mendes com o poema Um baú de histórias, inspirado na sua obra Casarão Rural, Casarão do Café, entre outros escritores e formadores de opinião convidados pelo artista.
Para conhecer um pouco sobre o evento o blog fez uma pequena
entrevista com o artista iunense.
No dia 17 de setembro deste ano você estará promovendo em
Iúna a IV BIENAL EXPOART LITERÁRIA 22. De que se trata este evento?
A BIENAL EXPOR ARTE
LITERÁRIA ARGILANO ART'S, é uma exposição de Arte Plástica (óleo sobre tela)
que começou despretensiosa e cresceu. Como tenho muitos amigos (as) escritores
e outros, não escritores, e sim formadores de opinião, pessoas pensantes ...
Aí tive a ideia de
convidá-los para comentar as obras com textos, resenhas, poesias, sonetos,
crônicas ... E na abertura da exposição com o sarau poético recital, com todos
os participantes. Junção perfeita com arte plástica e a literatura.
Como surgiu a ideia de unir arte plástica e literatura? Você
tem alguma produção literária?
Foi uma ideia
despretensiosa, na verdade eu sempre tive muitos amigos da literatura,
escritores, poetas.... Talvez seja mais por isso mesmo.
E deu muito certo esse
formato.
Mas eu não tenho nenhuma
produção literária.
Qual ou quais outras atividades artísticas você já
participou e produziu?
Sobre outras
atividades artísticas que já participei, eu tive uma banda de Rock/punkmetal e
tocava bateria...
Como foram as Bienais Expoart Literárias anteriores? Cite
fatos que foram significativos para você?
Sempre foram muito
boas nos dois sentidos, sempre com um bom público, e o sarau muito emocionante,
Tenho planos de lançar um livro das BIENAIS EXPOR ARTE LITERÁRIA ARGILANO ART'S
em 2023.
Na IV BIENAL EXPOART LITERÁRIA ARGILANO ART'S 22 você
contará com a participação de um poeta de Mutum, houve participações de poetas
mineiros antes?
Sim, sempre tem um
poeta de Belo Horizonte.
O que o público encontrará no evento dia 17 de setembro?
O público que for na
exposição BIENAL EXPO ARTE LITERÁRIA ARGILANO ART'S 22, no dia 17 de setembro,
encontrará 30 obras a óleo sobre tela que foram produzidas nos anos de 2020,
2021 e 2022.
Não existe um tema
específico, A coleção está dívida em:
·
Santos
·
Paisagens
·
Figurativos
e outros
E um sarau poético
recital maravilhoso que vai emocionar e dialogar com todos no seu íntimo, tanto
no passado, presente e futuro.