domingo, 29 de julho de 2018

CAFÉ E CANJICADA: NUTRINDO A LITERATURA MUTUENSE


A Secretaria Municipal de Cultura, tendo a frente o secretário César José Pires da Luz (César Tomé) vem promovendo dois eventos importantíssimos para a literatura mutuense.
CAFÉ LITERARIO/MARÇO 2018

Iniciando uma nova temporada em Março, o Café Literário, que ocorre todo terceiro sábado do mês, a partir das 08h00 na Biblioteca Municipal Rui Barbosa, reúne em torno de 20 pessoas para discutir uma obra ou um gênero literário. Já tivemos esse ano em discursão as obras O Prisioneiro (contos) de José Ronaldo Siqueira, Uni Versos (poemas) de Cláudio Antonio Mendes, e História da Minha Vida de João Pinto de Moura, e tivemos um que discutiu sobre crônicas. Foi maravilhoso.
CAFÉ LITERÁRIO/ABRIL 2018

O próximo café literário será 18 de agosto com a obra A Vida Continua, de Ronaldo Lopes Correa.
Outro evento que surgiu a partir do café literário que percebeu a importância de oportunizar a todos que não tinham como participar do café literário, seja pela limitação do número de participantes, seja pela incompatibilidade de horário, foi o Canjicada Literária, que passou a ocorrer toda 2ª segunda-feira do mês.

A primeira sessão ocorreu dia 09 de julho e foi avaliada como um sucesso. Participação de dezenas de pessoas com apresentação dos nossos autores, seja o que já vem participando do café literário, como de jovens que se aventuram no verso e na prosa. A próxima será dia 13 de agosto. Contamos com você que aprecia a literatura que se produz em Mutum.
Tão importante quanto oportunizar que nossos autores ou autores da região apresente suas produções, é incentivar quem tem o hábito da leitura participar ativamente dos eventos de forma interativa, reforçando em todos o hábito de se encantar com as histórias e com a poesia.
Canjicada literária, grande participação


PRÓXIMA CANJICADA LITERÁRIA

PRÓXIMO CAFÉ LITERÁRIO

sexta-feira, 27 de julho de 2018

#ESTUPRONÃO


Com essa hashtag o jovem poeta de Mutum Gabriel Oliveira narra em verso uma situação que ainda perdura em nossa sociedade, mesmo com a emancipação feminina, a coisificação do outro leva um ser humano julgar que pode ter tal atitude.
Autor da página no facebook Apenas Sendo Eu, ele justifica que tal poema nasceu ao tomar conhecimento do relato de uma de suas seguidoras:
“Espero que lendo este, vocês possam ter de alguma forma se emocionado por que essa é a atitude mais horrenda que um 'homem' pode tomar.

E gostaria que compartilhassem ou de alguma forma fizessem esse texto alcançar o máximo de pessoas possíveis. Não por mim, mas por quem passa ou já passou por isso. Obrigado!”


Ela era mulher de alma pura.
Tinha lá alguns obstáculos em sua vida,
mas nenhum era forte o suficiente pra derrubá-la.
Isso até que um dia de forma horrenda lhe roubaram tal pureza.


Visto por todos como um homem comum.

Entrou em sua casa como um amigo e saiu pior que um monstro.
Homem? Não! Um homem não faria isso.
Um homem de verdade não seria capaz de tal violência.


A jogou contra a parede, pôs a mão em seu pescoço 

e fez dela uma vitima.
Enquanto ela tentava gritar era sufocada, corrompida, destruída.
Pois um monstro penetrou seu corpo e alma.
Ela não pôde sequer reagir, sequer fugir, sequer viver.


Depois de cometer tal afronta ele se vestiu e saiu, só se foi.

E ela? Ela ficou ali, caída no chão sem conseguir se mexer,
Sem conseguir pedir ajuda, sem conseguir nem mesmo chorar.
O que ela sentiu? Nem mesmo isso ela podia dizer, pois sua voz ali não mais residia.


E aquela mulher que se sentia pura se desfez. Se afogou.

Afogada em dor ela apenas existia.
Sozinha ela vivia sem amparo já que as palavras que lhe restavam
Mal servia para dizer um falso 'eu estou bem'.


-Gabriel Oliveira-

#estupronão