sábado, 1 de setembro de 2018

LIBERDADE DE EXPRESSÃO: CENAS DE UM VOO (PARTE I)






Você já ouviu falar do Grupo Teatral Liberdade de Expressão? É um dos grupos de teatro com maior tempo de existência em Mutum.

Essa postagem pretende ser a primeira da série que tem por objetivo contar a história dessa bela iniciativa.

O texto a seguir faz parte da apresentação do grupo para a Secretária de Desenvolvimento Social, com algumas intervenções do blog. Agradecemos aqui a colaboração de José Alves Pinheiro para essa primeira postagem da série.

Teatro de São Sebastião - 2018



História do Grupo: 

Grupo Teatral 
Liberdade de Expressão

         Entre os anos de 1993 a 2000, no município de Mutum MG, neste período a pastoral da juventude, movimento pastoral da igreja católica, mais precisamente, os grupos de jovens existentes na zona rural e urbana da paróquia de São Manoel de Mutum.
         Os Grupos de Jovens Escalada e JESP desenvolviam em suas reuniões, dinâmicas encenações e pequenos teatros, onde os Jovens desenvolviam seus dons e aptidões, descobrindo nas artes cênicas uma nova realidade.
         Três jovens, José Manoel de Oliveira, Adriano de Carvalho e João Batista Alves, participando destes grupos de jovens e atuando nestes teatros juvenis, pegaram gosto pela arte e procurando aprender e desenvolver-se cada vez mais, atuando, dirigindo e escrevendo peças teatrais.
         Agrupando-se com outros jovens também com talento para arte, e com os mesmos ideais, decidiram por bem, no dia 10 de outubro de 2001 a formação de um grupo teatral amador, com o apoio do Pároco Padre Silas de Paula Barros, nesta noite também foi feita a eleição da diretoria do grupo, tendo como objetivo, se apresentar nas comunidades, escolas, festas e etc.
         Pretende-se também emocionar, as pessoas, com dramas, comédias e peças relacionadas a assuntos atuais na sociedade.
         No dia 13 de novembro de 2001, reunimos o Grupo Teatral, para escolhermos um nome para o mesmo, feito à eleição o nome mais votado foi: “Liberdade de Expressão” com o lema “O homem não é nada sem liberdade, liberte-se de suas fraquezas e tenha atitudes”.

INCURSÃO PELA SÉTIMA ARTE

VINGANÇA NA MONTANHA

         No ano de 2002, com roteiro próprio, o grupo teatral Liberdade de Expressão ensaiou e gravou um filme amador, denominado Vingança na Montanha, com poucos recursos, gasto do próprio bolso. Foi filmado na Pedra Invejada, ponto turístico de Mutum, em um único dia foi gravado todo o filme, por uma questão financeira e por falta de tempo mesmo, já que todos os 15 artistas têm seus trabalhos e ocupações.
         Precisamente no dia 03/11/2002 foi feito a filmagem, e depois de duas montagens, na cidade de Lajinha e depois Ipanema, teve seu lançamento nas locadoras do município de Mutum no dia 22/03/2003, grande parte da população assistiu, e entre elogios e criticas, teve o filme de Ação “Vingança na Montanha”, a sua exibição no canal 13, TV Mutum.

 QUARTETO SAPECÃO

         Cinco anos depois em 2008, o grupo Teatral Liberdade de Expressão, também com roteiro próprio, gravou o segundo filme, desta vez com patrocínio de alguns empresários, e com participação de 29 pessoas, entre atores, atrizes e figurantes.
         O filme de comédia, Quarteto Sapecão foi filmado entre os dias 04 de setembro a 12 de outubro de 2008 em 5 dias alternados de gravação.no dia 23/02/2009, o filme teve seu lançamento nas locadoras de Mutum, desta vez teve uma aceitação maior do público, com muitos elogios e poucas criticas. O filme Quarteto Sapecão, foi o mais locado e adquirido pela população em 30 dias consecutivos.


PÁGINA DO GRUPO NO FACEBOOK.

domingo, 29 de julho de 2018

CAFÉ E CANJICADA: NUTRINDO A LITERATURA MUTUENSE


A Secretaria Municipal de Cultura, tendo a frente o secretário César José Pires da Luz (César Tomé) vem promovendo dois eventos importantíssimos para a literatura mutuense.
CAFÉ LITERARIO/MARÇO 2018

Iniciando uma nova temporada em Março, o Café Literário, que ocorre todo terceiro sábado do mês, a partir das 08h00 na Biblioteca Municipal Rui Barbosa, reúne em torno de 20 pessoas para discutir uma obra ou um gênero literário. Já tivemos esse ano em discursão as obras O Prisioneiro (contos) de José Ronaldo Siqueira, Uni Versos (poemas) de Cláudio Antonio Mendes, e História da Minha Vida de João Pinto de Moura, e tivemos um que discutiu sobre crônicas. Foi maravilhoso.
CAFÉ LITERÁRIO/ABRIL 2018

O próximo café literário será 18 de agosto com a obra A Vida Continua, de Ronaldo Lopes Correa.
Outro evento que surgiu a partir do café literário que percebeu a importância de oportunizar a todos que não tinham como participar do café literário, seja pela limitação do número de participantes, seja pela incompatibilidade de horário, foi o Canjicada Literária, que passou a ocorrer toda 2ª segunda-feira do mês.

A primeira sessão ocorreu dia 09 de julho e foi avaliada como um sucesso. Participação de dezenas de pessoas com apresentação dos nossos autores, seja o que já vem participando do café literário, como de jovens que se aventuram no verso e na prosa. A próxima será dia 13 de agosto. Contamos com você que aprecia a literatura que se produz em Mutum.
Tão importante quanto oportunizar que nossos autores ou autores da região apresente suas produções, é incentivar quem tem o hábito da leitura participar ativamente dos eventos de forma interativa, reforçando em todos o hábito de se encantar com as histórias e com a poesia.
Canjicada literária, grande participação


PRÓXIMA CANJICADA LITERÁRIA

PRÓXIMO CAFÉ LITERÁRIO

sexta-feira, 27 de julho de 2018

#ESTUPRONÃO


Com essa hashtag o jovem poeta de Mutum Gabriel Oliveira narra em verso uma situação que ainda perdura em nossa sociedade, mesmo com a emancipação feminina, a coisificação do outro leva um ser humano julgar que pode ter tal atitude.
Autor da página no facebook Apenas Sendo Eu, ele justifica que tal poema nasceu ao tomar conhecimento do relato de uma de suas seguidoras:
“Espero que lendo este, vocês possam ter de alguma forma se emocionado por que essa é a atitude mais horrenda que um 'homem' pode tomar.

E gostaria que compartilhassem ou de alguma forma fizessem esse texto alcançar o máximo de pessoas possíveis. Não por mim, mas por quem passa ou já passou por isso. Obrigado!”


Ela era mulher de alma pura.
Tinha lá alguns obstáculos em sua vida,
mas nenhum era forte o suficiente pra derrubá-la.
Isso até que um dia de forma horrenda lhe roubaram tal pureza.


Visto por todos como um homem comum.

Entrou em sua casa como um amigo e saiu pior que um monstro.
Homem? Não! Um homem não faria isso.
Um homem de verdade não seria capaz de tal violência.


A jogou contra a parede, pôs a mão em seu pescoço 

e fez dela uma vitima.
Enquanto ela tentava gritar era sufocada, corrompida, destruída.
Pois um monstro penetrou seu corpo e alma.
Ela não pôde sequer reagir, sequer fugir, sequer viver.


Depois de cometer tal afronta ele se vestiu e saiu, só se foi.

E ela? Ela ficou ali, caída no chão sem conseguir se mexer,
Sem conseguir pedir ajuda, sem conseguir nem mesmo chorar.
O que ela sentiu? Nem mesmo isso ela podia dizer, pois sua voz ali não mais residia.


E aquela mulher que se sentia pura se desfez. Se afogou.

Afogada em dor ela apenas existia.
Sozinha ela vivia sem amparo já que as palavras que lhe restavam
Mal servia para dizer um falso 'eu estou bem'.


-Gabriel Oliveira-

#estupronão