Ainda lembro como foi olhar para a tela em branco. Como a imagem de Elisa chegou pela primeira vez em minha cabeça. A maneira como ela se sentou, digitou seu endereço de e-mail e sua senha para abrir a página na internet e o jeito que seu semblante se transformou ao encontrar o nome dele entre as mensagens de propagandas, como conta a primeira cena do livro. Ainda me lembro como a história se desenhou tão facilmente em mim.
É estranho dizer que eu não planejei a narrativa, não fiz planilha dos capítulos, das cenas e nem me preocupei se, algum dia, alguém leria tudo aquilo. Essas não foram as primeiras preocupações. No princípio, eu simplesmente me sentei e deixei Elisa me contar tudo o que viveu sob a luz dos olhos de Paul, tudo o que aconteceu porque, em um dia qualquer, o destino os colocou na mesma calçada. Soa estranho dizer que aquele processo de construir uma narrativa longa parecia nato em mim. Acredito que a completa falta de pretensão tenha dado espaço à sinceridade, ao prazer e à alegria de pensar e sentir uma palavra por vez, um capítulo por vez. Um passinho seguido de outro sem pressa e o livro foi nascendo.
Elisa e Paul surgiram em um dia qualquer do mês de agosto de 2010. Vieram da minha vontade de contar uma história de amor sobrenatural que acontece entre duas pessoas comuns, entre seres humanos sem poderes, sem asas ou qualquer coisa extraordinária. Paul é só mais um inglês tentando se encontrar em meio a sua arte; Elisa é apenas uma garota partindo rumo aos seus sonhos. Eles eram comuns até se encontrarem e conhecerem um sentimento raro, forte e avassalador.
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