terça-feira, 28 de maio de 2013

POESIAS DE 1997_002

   
NOITE IGUAL

Uma noite sem dormir
o efeito dominó
eu pensei em sair
mas não tenho onde ir
e não tenho ninguém
e não sou ninguém

uma noite sem domínios
de assassinos soltos
uma noite envolto
no medo de morrer
disseram que aqui no morro
ninguém socorre

uma noite sem ser noite
sem anotações
nossas ações em vão
que vá tudo embora
que vá tudo então
uma noite apenas igual

POESIA DE 1997_001

CARTAS MARCADAS

É possível que as coisas
continuem como estão
hora de dizer zim
hora de dizer não
e uma placa de proibição
por onde vamos.

É possível que as cartas
estejam marcadas
é fácil de saber quem é rei
e quem é coringa
basta decifrar os sinais
basta decidir desafiar

É possível que a poesia
de nada vai adiantar
se hoje nem almoçamos
não vamos tentar jantar
é possível que não haja chances
para a gente acertar

NÃO DEIXE EM BRANCO O DIA DA CONSCIÊNCIA NEGRA

EDUCAR PELA IGUALDADE RACIAL.

Esse post tem por objeto lembrar às escolas que não podemos deixar passar em "branco" o dia da Consciência Negra. Talvez um movimento em Mutum-MG a partir desse trocadilho NÃO DEIXE EM BRANCO, O DIA DA CONSCIÊNCIA NEGRA. Em consonância com nosso vereador Carlão, de Campinas.

Proposta de Carlão do PT, que pretende instituir “Semana Educar Pela Igualdade Racial”, será lançada em evento nesta terça (28/5), 14h30, n...Vereador Carlão do PT: EDUCAR PELA IGUALDADE RACIAL. Carlão quer Semana p...:n
claudiomilitante: EDUCAR PELA IGUALDADE RACIAL.:

CLAUDITOS & CLAUDICES_002

A vida é um presente de Deus, mas nossa história é construída passo a passo, e a distância de cada passo não é métrica, matemática. É acima de tudo, proporcional ao nosso comprometimento com a vida, nossa e de toda a humanidade.

(SAUDAÇÃO DE FELIZ ANIVERSÁRIO NO FACEBOOK)

PRÊMIO CAMÕES: MIA COUTO


O escritor moçambicano Mia Couto foi escolhido nesta segunda (27) o vencedor da 25ª edição do Prêmio Camões, a mais importante honraria da literatura em língua portuguesa. O autor receberá € 100 mil (cerca de R$ 265 mil).

Autor de romances como "Terra Sonâmbula" e "Jesusalém", todos publicados no Brasil pela Companhia das Letras, Mia Couto, 57, é o segundo escritor de Moçambique a ser agraciado pela premiação --o primeiro foi José Craveirinha, em 1991.
Leia a reportagem em: http://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/2013/05/1285850-escritor-mocambicano-mia-couto-vence-o-premio-camoes.shtml.

segunda-feira, 27 de maio de 2013

POESIA: SILVAS

 SILVAS

?Quem matou José da Silva
?Quem matou Maria da Silva
?Quem matou Marta da Silva
?Quem matou José  Filho da Silva
?Quem matou um Silva

a polícia diz que não sabe
a política diz que tem outras coisas
que são prioridades
o asfalto que atropela
o palácio que decai e levanta
e o assalto que não dá cadeia

o povo diz bem feito
e silvas e silvas e mais silvas
são mortos todos os dias
mortos a tiro
mortos a fome
mortos   de trabalhos
mortos

POESIA: O RETORNO

O RETORNO

Hoje você vai voltar
:Hoje você vai me  pedir
_Perdão, meu amor
_Perdão, por favor
Hoje você vai me revoltar
e vai voltar
e eu vou aceitar
e te receitar
um remédio para a gente se acabar
dentro de uma noite
sem cabimentos
e vou tentar remendar
esse rasgo
e que você me traga
um pedaço de paixão
e um fio de cabelo teu
hoje você será minha
e não será a primeira vez

quinta-feira, 23 de maio de 2013

OS CAMINHOS DA CULTURA NO LADO ESQUERDO DO PAÍS


O livro Um gosto amargo de bala, autobiografia da atriz, jornalista e militante Vera Gertel, narra uma parte importante da história da esquerda brasileira entre os anos 1930 e 1970. Filha de militantes do Partido Comunista, desde a juventude Vera atuou na esfera cultural, fundando com os companheiros do Partido Comunista Brasileiro (PCB) Gianfrancesco Guarnieri e Oduvaldo Vianna Filho – com quem foi casada – o Teatro Paulista do Estudante (TPE), ainda nos anos 1950.

Trabalhou como atriz no Teatro de Arena de São Paulo, com o qual o TPE se fundiu, e juntou-se ao Centro Popular de Cultura (CPC), iniciativa de radicalização política impulsionada por artistas e intelectuais comunistas, no começo dos anos de 1960. Após o golpe de 1964, aproximou-se da luta armada, dando apoio à ação de antigos companheiros como Joaquim Câmara Ferreira, seu padrinho, e Carlos Marighella. Nessa fase, iniciou sua carreira de jornalista e deixou de atuar nos palcos.
Leia o artigo, contendo entrevista com Vera Gertel, em: http://www.brasildefato.com.br/node/12843.

sábado, 18 de maio de 2013

MAQUIAGEM E MAQUINAGEM

Ando meio apreensiva com o que tenho presenciado em alguns ambientes...Vejo um mundo robotizado. As máquinas substituíram há tempos o calor humano, isso é fato confirmado. E isso pode parecer muito bom enquanto se fala em progresso. Mas enquanto se refere à condição de humanidade, isso é desastroso! Não faz muito tempo, eu teci um comentário à respeito de minhas angústias em um determinado local...Eu observava e dizia: Não podemos nos transformar em máquinas...somos seres humanos, e seres humanos se respeitam, se preocupam uns com os outros. Naquele tempo eu já percebia manobras que nos levavam a nos comportarmos como robôs, máquinas programadas para obedecer cegamente às ordens de gente inescrupulosa e egoísta. Mas os meus medos estão se concretizando. Há uma crescente tendência de levar o ser humano servidor público à essa condição. E o cuidado que devemos ter é para que não entremos no jogo de governos alheios à vida e desprovidos de qualquer sinal de consciência cristã. Eu nunca vou me curvar aos desejos do "inimigo" que vem mascarado de nova forma de viver, de novos tempos. Sou uma professora cristã e nunca me conformarei com esse novo jeito. A educação é a melhor forma de levantar o homem e fazê-lo livre das amarras e das manobras politiqueiras. E é assim que eu gosto de viver...Deus acima de qualquer outro propósito e me guiando a rumos certos de amor e dedicação ao meu próximo. Quem quiser me entender que olhe para dentro de si mesmo e faça a sua revisão de vida...Como estou me comportando no meu trabalho? Sou máquina ou ser humano?

RUTE PIRES.

segunda-feira, 13 de maio de 2013

sábado, 4 de maio de 2013

O MOVIMENTO SINDICAL NO CINEMA, Blog Wagner Marins

Na São Paulo de 1980, o jovem operário Tião e sua namorada Maria decidem casar-se ao saber que a moça está grávida. 
Ao mesmo tempo, eclode um movimento grevista que divide a categoria metalúrgica. 
Preocupado com o casamento e temendo perder o emprego, Tião fura a greve, entrando em conflito com o pai, Otávio, um velho militante sindical que passou três anos na cadeia durante o regime militar. Blog Wagner Marins: O MOVIMENTO SINDICAL NO CINEMA:

quarta-feira, 1 de maio de 2013

O CORPO


A beira da linha o corpo salta aos trilhos
num súbito desejo de experimentação,
aproxima-se na ânsia de sentir de perto
o perigo que parece encantador.

Por milésimos de segundos
uma vida inteira brilha na ferrugem,
como num lapso de memória
sente-se enebriado de tanta adrenalina.

Por linhas retas perpendiculares,
dá-se brilho à maravilhosa experiência
de uma vida cheia de aventuras vazias
sem nexo, nem fim.

Estremece sob o céu
sem estrelas,
sem lógica,
sem aparente razão de ser.

O sangue circula tão rápido pelo corpo
que as veias e artérias precipitam-se
em movimentos descoordenados
e, palpitações que fazem sangrar por dentro.

O corpo parece flutuar
a mente não obedece
os trilhos escurecem,
uma multidão os seguem.

Na imediatez do agora,
ninguém se respeita.
Ouvem-se vozes e,
não escuta-se nada.

Falta algo.
Mas, o quê?
Esperava que os trilhos dissessem,
o que as ruas não conseguem dizer.


De Junio william
No grupo POESIAS