sábado, 5 de setembro de 2009

UNÍ VERSOS_03

DIAGNÓSTICO

a cada dia, a cada dose

a cada disque qualquer coisa

eu em acabo

eu não caibo no mundo

a cada distância, a cada discórdia

a corda que se arrebenta

o corpo dentro de um copo

como vou me fazer e desfazer?

a cada diagnóstico, a cada dor

a cada flor que nasce no asfalto

o assalto a mão acanetada

a conexão gabinete oficial

a cada dedo na ferida

a cada fé que é fervida

meu caminho é de pedras

eu me perco nas peripécias

de um mundo podre

Nenhum comentário:

Postar um comentário