quarta-feira, 12 de outubro de 2022

A BOA CACHARAMBAMBA É DE 1930

 A BOA CACHARAMBAMBA É DE 1930



Este pisquim exaltando a Cacharambamba, marca de cachaça produzida por Domingos Mendes na Barra do Bronze não traz versos jocosos contra uma pessoa, mas diz sobre a cachaça produzida na década de 30 em nosso município.

Obs: Conservamos aqui a grafia como a recebemos.





A BOA CACHARAMBAMBA É DE 1930

01. A aguardente especial

que mereceu propaganda

é a do DOMINGOS MENDES

que ganhou a maior fama.

 

02. Não sou eu, por exaltado,

que digo que assim merece,

isto é sempre falado

pelo povo que conhece.

 

03. Negociantes fregueses

também compram a ruim por mafa

e vendem esta, a melhor,

oitocentos a garrafa.

 

04. Só faz o bom paladar

a boa cacharambamba,

à ficar-se só cuspindo

é melhor que os beiços lamba.

 

05. Vejam que dizem os médicos

a respeito de bebida,

quem bebe cachaça ruim

não pode ter longa vida.

 

06. O Paratí que na boca

não produz bom paladar

quando chega ao estômago

já causou um grande mal.

 

07. É a causa principal

que forma a debilidade

daí vem a Hidropisia

ou outra rivalidade.

 

08. Quem quer conservar saúde

procure cachaça boa;

fuja das coisas ácidas

e não beba água de lagôa.

 

09. Por isso aconselhamos

usarem desta aguardente;

outras fazem a moléstia

e esta cura o doente.

 

10. A cachaça ruim já fez

alguma idéia maluca;

quem bebe cachaça boa

não varia, nem caduca.

 

11. Procurem a afamada fábrica

quem quer se bem servido;

lá estará o DOMINGO MENDES

para atender o seu pedido.

 

12. Rio abaixo ou rio acima;

seja de qualquer maneira;

para baixo do córrego do Bronze

onde tem uma cachoeira.

 

13. Aí se avista uma roda gigante

com cinqüênta metros de altura

vê-se que está chegando

onde fabrica a pura.

 

14. Essa roda tem o nome

de Roda do Desempenho;

porquê é ela que movimenta

o moinho, monjolo e engenho.

 

15. Tem outra mais pequena

chama-se roda suprima;

apanha água no rio

e despeja no coxo acima.

 

16. Muitos ficam admirados

da água subir no apique;

em uma bica descer

no capelo do alambique.

 

17. Outros têm-se admirado

da idéia do joaquim;

sem ter visto outro fazer,

arrumar uma coisa assim.

 

18. Aos fregueses do DOMINGOS MENDES

nunca faltou a aguardente;

se eles continuarem

há de ser assim por diante.

 

Autor: Joaquim Mendes

Contribuição: Luiz Mendes (Filho de Domingos Rodrigues Mendes)


NOTA DO BLOG: Alambiques e cerverjarias é um dos nossos recortes de pesquisa do projeto HISTÓRIA ECONÔMICA DE MUTUM.

quinta-feira, 6 de outubro de 2022

FRANCISCO MAGALHÃES: ARTISTA MUTUENSE DE CORAÇÃO

 


(Última atualização em janeiro/2018)

Aimorés, MG, 1962 – Belo Horizonte, MG, 2017

Indicado ao Prêmio PIPA 2017.

Francisco Magalhães nasceu em Aimorés e viveu parte de sua vida em Mutum-MG, mas mudou-se para Belo Horizonte em 1975. Artista plástico, sua formação incluiu passagens pela EBA-UFMG, pela Escola de Artes e Ofícios de Contagem, e pela Escola Guignard UEMG. Participou de mostras coletivas e individuais a partir de 1984. Também participou de salões de arte, onde recebeu prêmios como o Prêmio Especial para Objeto e Escultura Alfredo Ceschiatti, no XXI Salão de Arte da Pampulha, Belo Horizonte, MG; o Prêmio Exposição Individual no 44° Salão de Arte Contemporânea do Paraná, Curitiba, PR; o Grande Prêmio da Prefeitura de Belo Horizonte no XVIII Salão de Arte da Pampulha, Belo Horizonte, MG; e o Prêmio Banco Econômico, no XXXVIII Salão de Arte de Pernambuco, Recife, PE.

Vídeo produzido pela Do Rio Filmes, exclusivamente para o Prêmio PIPA 2017:




SOBRE SUA MORTE:

Artista Francisco Magalhães morre em BH

Professor da Escola Guignard e ex-direitor do Museu Mineiro foi incansável militante das artes.

Morreu ontem o artista e professor Francisco Magalhães, aos 55 anos, vítima de parada cardíaca. Chico, como era conhecido, foi um incansável militante da arte e da arte-educação. Professor do curso livre da Escola Guignard (Uemg), foi diretor do Museu Mineiro entre 2005 e 2011, quando coordenou uma série de projetos e ações educativas e aproximação entre comunidades e estes espaços, entre eles os Projetos Território-Museu Mineiro, Sobre Mesa de Queijos, Imagem Iluminada, Recordação da Visita, Cozinha Museu e O Museu Guardas

FONTE: https://www.uai.com.br.